Luiz Ceara

O time comprou o discurso de Felipão. O Palmeiras está na final da Copa do Brasil

Luiz Ceará

Quem já viu de dentro do campo sabe. O Grêmio, historicamente, é um time de cara feia. Duro, matreiro, inteligente e competente. Muitas vezes o Grêmio teve tudo isso e mais um time brilhante. Não é o caso deste time dirigido pelo Luxemburgo.

Jogou ontem com o Palmeiras valendo uma vaga na final da Copa do Brasil. O Palmeiras sabia o que iria enfrenta, até porque, seu treinador despontou para o mundo da bola no banco do Grêmio. E sabia como enfrentar um time e um estilo que ele mesmo não só aprova como aplica onde pode.

O Palmeiras no sul não foi flor que se cheirasse e saiu com uma vantagem de 2 gols.

O Grêmio teria que vencer ontem por dois gols de diferença, mas não encontrou o caminho. O Palmeiras sabia como jogar contra um adversário tão tradicional.

O jogo no primeiro tempo foi de pegada, nervosismo, tensão, de provocações de ambos os lados, mas foi o Palmeiras que criou pelo menos duas oportunidades de gols. Num lance de falta faltou sempre Marcos Assunção.

Para o segundo tempo o que se esperava. Um Grêmio valente e um Palmeiras preparado. Tomou um gol de Fernando e continuou sua saga de não deixar o Grêmio se criar no jogo. Chegou ao empate com Valdívia e foi uma festa só.

Ali, no encontro entre Valdívia e Felipão deu pra entender que os jogadores compraram o discurso do treinador.

Durante a guerra que foi o jogo em alguns momentos Edilson e Rondinelly do Grêmio foram expulsos. Henrique do Palmeiras também foi.

Deste jogo duas lições. Uma, saber jogar mata mata. Felipão sabe. Outra. O gol de Valdívia foi salvador. Foi o gol da perseverança segundo ele mesmo. E Valdívia encerrou dizendo que dedicava o gol e a vitoria à sua família. E agradeceu aos companheiros pela confiança.

O Palmeiras está na final da Copa do Brasil novamente depois de 14 anos. Pelo que vimos ontem, difícil de segurar.