Luiz Ceara

Viva Lucas e abaixo a maldade humana.

Luiz Ceará

Existe sim muita maldade no mundo. Nos caras que mesmo sabendo que detonar a Amazônia vai dar uma tremenda zebra no planeta, o fazem sem dó nem piedade. É serra pra lá e pra cá. E a mata caindo, a madeira sendo extraída e a gente se ferrando aos poucos.

Existe maldade nos dirigentes e políticos que acabaram com os trens num país do tamanho do nosso e não construíram estradas suficientes, mas carros à vontade. O resultado é uma catástrofe no transito das cidades, nas rodovias, a indústria do pedágio aumentando o preço e a presidente falando borracha. Ela vai arrumar a malha ferroviária? Ela saberia dizer de pronto quanto tempo demora pra isso acontecer?Não, não sabe que para uma linha passar dentro de uma cidade, vai mexer com uma grande parte da estrutura dela. Fácil falar.

Existe muita maldade no futebol. Empresários picaretas e vagabundos que mandam meninos desprotegidos para a Europa e depois os abandonam. São milhares de meninos. São dirigentes corruptos e ditadores que se apegam ao cargo de presidentes de clubes e federações de todos os esportes e não querem abandonar o cargo. “Tá difícil, quase impossível comandar…” reclamam, mas não largam a teta gorda do poder.

E tem maldade na nossa profissão. Eu conheci o pai do Lucas quando ele era Marcelinho. Me falou um dia no CT do São Paulo sobre o filho que estava subindo das categorias de base. Posteriormente fizemos um Link ao vivo com ele no programa do Neto que ainda era comandado pelo Datenão (saudade do amigo e do programa) e o Neto sentou o pau no Corinthians porque Marcelinho, o atual Lucas foi das categorias de base do timão e sem oportunidade se transferiu para o CT de Cotia.

O Pai do Lucas me falou do filho com emoção. Que era um menino de ouro, família, simples e sem vícios. “Tranquilo, Ceará, o Lucas é assim”, encerrou Jorge o pai orgulhoso.

Lucas fez 20 anos e deu uma festa. Emocionou-se e ficou quase todo o tempo perto da família. Chegou a chorar de emoção quando a mãe Fátima se disse orgulhosa da medalha de prata olímpica, mas que muito antes da fama, ela já tinha muito orgulho do bom menino que Lucas é.

E ele é assim mesmo. Simples, brincalhão, ótimo ao vivo, porque pensa muito rápido e dá respostas picantes. Mexe com o entrevistador. E dentro de campo, complementa o que ele é fora, se comportando como craque. Lucas vai ser um sucesso na Europa.

Pra encerrar com  a maldade humana, ela  mostra mais uma vez sua cara. Vi e li matérias sobre a festa. Mostram fotos de filhas de muitas famílias, meninas que foram à festa, o que é absolutamente normal. E chamam as meninas de “marias chuteiras e periguetes”. Isso partindo de jornalistas é no mínimo falta de educação ou falta de comando.

Elas todas tem pais e mães como os jornalistas que fizeram as fotos e escreveram a bobagem. Ou jornalistas não saem para beber em bares depois do trabalho? Ou não vão a festas para dançar com suas namoradas. Por acaso uma foto das namoradas nos jornais e sites com a legenda de “periguetes” não iria causar ira? Menos companheiros, muito menos.

Parabéns Lucas e abaixo a inveja de quem gostaria de ser você.

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