Luiz Ceara

Dudu quase mata o Ministro Aldo Rebelo do coração. De saudade da Academia

Luiz Ceará

Eu olhei para o Ministro Aldo Rebelo. Ele estava em pé, na arquibancada do Ginásio de Basquete do Palmeiras. Atrás dele uma bandeira enorme do Verdão. Ao lado dele um baixinho magrinho, de óculos, ali, como quem não quer nada.
Curioso é que o Ministro do Esporte não tirava o olhar dele. Nem ligava para os presidenciáveis do Palmeiras muito menos para o Walter Torre, dono da Construtora que está erguendo a Arena Multiuso, novo estádio do Palmeiras.

Uma repórter me perguntou curiosa: Quem é aquele tiozinho?Olhei pra ela e vi que era uma moça nova na profissão. Vi que o pessoal da imprensa que cobria o evento não sabia também quem era o velhote magrinho, de óculos ao lado do Ministro.

Um bicão? Um chato que aproveitava a situação para levar uma foto pra casa? Ou algum funcionário da WTORRES?

Claro que eu sabia quem era, mas fiquei calado. Quem não abre muito a boca não engole mosquito, e ademais, eu já havia entrevistado o velhote para a minha reportagem.

Quando foi para a coletiva ao lado do presidente do Palmeiras o Ministro chamou mais uma pessoa para a mesa. Para se sentar ao lado do presidente do Palmeiras.

Ele disse: “ Gostaria de chamar para compor a mesa o senhor Olegário Tolói de Oliveira, Dudu, que junto com Ademir da Guia foi um dos maiores jogadores do futebol brasileiro, e fez com ele, Ademir, o meio campo mais fantástico do meu Palmeiras. Dudu e Ademir da Guia.

E o velhote magrinho e de óculos subiu a plataforma e se sentou à mesa, impávido colosso, 609 jogos pelo Palmeiras, 340 vitórias, 160 empates, 109 derrotas.

O velhote era Dudu.

Um mito que me havia dito na entrevista que sentirá muita saudade do gramado em que foi dono do meio campo. Que sente saudade dos 8 títulos que ganhou no Palmeiras e que tem um sonho.

Gostaria de jogar na arena nova.

Eu vi Dudu jogar.

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