Luiz Ceara

Dudu, Marcos e Ademir da Guia. Uma semana inesquecível para o meu coração.

Luiz Ceará

Vou ser curto e grosso. Esta semana foi emocionante para este velho repórter. Primeiro eu vi Dudu e falei com ele. Fiquei gelado quando ele me disse que tinha saudade do gramado do Palestra e que gostaria de jogar na nova Arena Multiuso do Palmeiras. Um luxo.

Mais para o final da semana cobri a ultima coletiva do Marcos para este Blog do UOL e para a REDE TV. Deu no que seu. Bati um pênalti perfeito que o careca defendeu e quase bateu a cabeça na trave. A galera gritou gol, mas não foi não, mais uma vez o “pegador de pênaltis”, pegou.

Hoje fui a Mogi Mirim fazer uma reportagem sobre o encontro do São Paulo com o Mogi Mirim. SP de 92 com direito a ver Raí desfilando categoria, Pintado e sua garra, Sidnei, enfim grandes jogadores da época. O Tricolor enfrentou o Mogi da época do Carrossel Caipira do técnico Vadão, com Leto, Válber e Rivaldo (que não foi). Uma festa.

Quando entrei no vestiário levei um susto. Cabelos amarelinhos, franzino hoje pelo desgaste natural da vida, mas forte o suficiente para uma bela pelada, o camarada estava lá sentado. Vacilei em ir na direção dele. Fiquei alguns momentos observando seu jeito de tirar a camisa, calçar a meia. Recebeu calção, meia e camisa do roupeiro e agradeceu com um sorriso doce. Fui chegando perto e vendo como os jogadores muito mais novos que ele o admiravam. Uma reverencia surda e real. Dava pra pegar na mão o respeito, segura mesmo. Era vivo. O meu também.

Eu nunca tinha visto Ademir na Guia num vestiário e nem imaginava que veria sua maneira de se vestir para um jogo de futebol.

Cheguei junto dele e falamos sobre futebol Corinthians na Copa do Mundo de Clubes e do Palmeiras. Eu fiquei olhando nos olhos azuis de Ademir da Guia dentro do lugar sagrado pêra ele que é o vestiário. Vi ele entrando em campo e tocando com classe a bola como ele sempre fez.

Imaginei um torcedor do Palmeiras no meu lugar. Era só chamar o Resgate.