Luiz Ceara

Ser triste e feliz, eis a questão

Luiz Ceará

Estou triste e estou feliz.

Djalma, meu querido amigo de tantos anos fez uma severa crítica a este repórter. “Você não fala do seu time de coração, você não fala da macaquinha (Ponte Preta de Campinas), disse o irado Djalma que eu conheci na PUC onde estudei jornalismo e nunca mais me esqueci do tanto que ele é Ponte, campineiro e sofredor. Na verdade um baita corneteiro.

Querido amigo: estou triste pela Ponte e também pelo Flamengo. Os dois machucam este coração. A Ponte contratou 11 jogadores para a temporada que se aproxima. E eu só conheço Adrianinho, meia talentoso e prata da casa. Da época em que a Ponte não era um time de aluguel, um poleiro de empresários gananciosos e aproveitadores. Eles colocam jogadores na Ponte Preta a custo baixo, para que apareçam no mundo principal do futebol brasileiro, a Série A. Uma parceria. Ridículo. A Ponte sempre foi de fazer jogadores, como o Flamengo. Isso acabou para os dois times. Por isso, Djalma, estou triste por que encontrei Adrianinho no supermercadinho perto de casa aqui no Nova Europa. E ele me disse que espera uma oportunidade. O técnico Guto Ferreira da Ponte Preta, um sujeito gordinho, de óculos, e que parece estar sempre rouco poderia dar essa oportunidade, mas pelo que eu vi nos jogos que assisti, prefere marcar e marcar e marcar. Ele ta é marcando bobeira, por que na temporada passada a Ponte Preta vencia em casa e perdia fora. Qual a vantagem?
Quanto ao Flamengo, o ultimo que sair pode apagar a luz e fechar a porta. Acho até que foi o Zinho quem fez isso.

E estou alegre por que ano que vem tem Copa das Confederações, Campeonato Brasileiro, Paulista, Carioca, Pernambucano e por aí vai. Vamos medir nossa força de organização. Estamos a todo vapor e nossos valorosos dirigentes não param de fazer reuniões e visitas às obras. Tudo muito interessante.E estou muito feliz por que de tudo o que foi dito e mostrado pela imprensa, todo o temor quanto à organização e ao “legado” das construções e obras de benefício, sempre existe a chance de estarmos redondamente enganados. E se assim for, vou continuar feliz.