Luiz Ceara

Sergio Carniélli quer vender o Estádio da Ponte Preta. Ele cobra dívida pessoal de120 milhões.

Luiz Ceará

Sergio Carnielli é um empresário que veio de baixo. Funcionário de uma empresa que fabricava armações de óculos ele se tornou o dono de uma das três maiores indústrias do ramo no mundo. Um milionário que ama futebol. Mais um.

Pegou a Ponte Preta há 16 anos e está lá, sem ganhar um único titulo, mas fazendo um trabalho que manteve a Macaca na elite ou quase lá, fazendo alguns jogadores da base e montando bons times.

Sergio Carnielli é um homem simples, bom de coração, isso eu posso dizer porque trabalhei com ele dois anos como Assessor de Imprensa da Ponte Preta. Foi correto comigo.

O problema é que ele quer deixar a Ponte Preta. Pegar o boné, sair do negócio da bola, mas quer também o ressarcimento de 120 milhões de reais que diz, a Ponte Preta deve a ele. Mandou fazer uma auditoria e quer a grana. A solução que ele vê para que isso ocorra é vender o Moisés Lucarelli. A Ponte vende o estádio, paga o empresário e toca a vida. Isso representa jogar num estádio emprestado pela Prefeitura de Jaguariúna daqui pra frente.

Esta semana, cerca de 50 pontepretanos entre empresários, conselheiros, antigos dirigentes e ex-presidentes da Ponte liderados pelo ex-presidente Lauro de Moraes Filho se reuniram para avaliar a situação.

Eles possuem documentos de uma centena de fatos ocorridos nestes anos que prova, segundo uma fonte que estava na reunião, que a Macaca não deve a Carnielli. Mais, que ele quer dar uma espécie de golpe na velha Macaca.

A situação é insustentável e esses papéis podem cair nas mãos do Ministério Público. Vem coisa grossa por aí.

Sergio Carnielli quer deixar a Ponte Preta, entregar a chave para Lauro de Mores Filho, para que ele possa administrar daqui pra frente. E fazer um acordo.

Marcio Del La Volpe, o atual mandatário da Macaca não quer entregar o chamado “ouro”.

Tem lama grossa para ser mexida pelo Ministério Publico e por uma auditoria confiável. Tem trabalho para o GAECO e para a Polícia Federal. Tem muita coisa errada, e uma investigação deve ser o início da solução.
Mas é preciso coragem. Quem tem?Com a palavra o Ministério Público.