Luiz Ceara

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A hora da debandada.
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Luiz Ceará

Vamos por partes, já dizia o velho esquartejador há muitos corpos atrás.

A batata dos jogadores corintianos está assando com a torcida há tempo.Já disse aqui no Blog que depois de ganhar o Mundo o timão tinha que trocar as peças. Reformular. O time estava cansado das pedreiras de jogar por um gol, de não se arriscar na frente, de jogar trancado. Não retrancado, trancado. Se defender e sair para um gol. Menti? Não.

A diretoria não se mexeu, deitou na maré de tantos títulos em tão pouco tempo e dormiu com a cobra. Acordou com a pancadaria e a invasão do CT semana passada. Dia de terror.

Aí resolveram se mexer de tanto medo e das ameaças de “não vamos jogar” e de pedidos de saída. Vários jogadores não querem mais hoje jogar pelo Timão. Falta de segurança, essa é a maior ameaça de debandada. Que já começou. Dos jogadores importantes,Douglas foi para o Vasco e Emerson pode aparecer o Grêmio.

Mas a maior barbada foi o troca-troca com seu maior rival do momento. Sem se olharem ou trocarem uma palavra sequer, o Delegado Mario Gobbi presidente do Corinthians e o Imperador Juvenal Juvêncio do São Paulo fizeram Pato – detestado pelo torcedor do Timão – e Jadson – odiado pelos são paulinos – irem um para o time do outro.

Quem perde e quem ganha?

O Corinthians vence a primeira porque Jadson vai se encaixar no time de Mano, que o levou para a seleção em 2011, e o quer para arrumar seu meio campo. Uma luva.

Pato ainda tem que convencer Muricy dentro de campo e beijar a mão de Rogério Ceni fora dele. As duas são parada dura. Dentro vai ter que treinar e correr, suar e ser o que até agora não foi. Um atleta, um jogador de bola. Fora, sua vida de playboy não vai funcionar no São Paulo. Os jogadores não aceitam e o capataz RC é careta.

A reformulação do timão não para aí. Romarinho será o próximo a sair. O torcedor corintiano, metido a pobre e sofredor não aceita a vida noturna do moleque. A conferir.

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O tamanho do Corinthians
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Luiz Ceará

Roberto de Andrade o vice de futebol do Corinthians mostrou quem é esse time que tem mais de 40 milhões de torcedores no maior país da América Latina.

Ontem ele disse que não há segurança nos jogos de futebol na América do Sul. E não há mesmo salvo algumas exceções.

O regulamento da Conmebol é claro. Rojões não são permitidos. E aí você já sabe que sinalizador nem pensar. Então, se a Conmebol proíbe o torcedor do Corinthians de ir ao estádio neste primeiro momento por 60 dias até que se julgue o caso, ela deveria punir também o San José em cujo estádio havia mais sinalizadores que torcedores. E mais, a polícia não impediu que um só rojão ou sinalizador naval ou mesmo a querosene que foi usada para fazer pirotecnia nos arcos acesos entrassem. Uma verdadeira loucura. A coisa começa aí na verdade. Na porta do Estádio.

Não estou defendendo o Corinthians por que ele sabe fazer isso. Ao soltar a língua contra a Conmebol comprou uma briga, mas a entidade sabe com quem está lidando. Hoje mesmo agencias de publicidade que detém os milhões dos patrocinadores vão começar a agitar o mercado. A pressão do dinheiro é maior do que possamos imaginar.

Essa pressão a Conmebol não aguenta. Esse é o tamanho do Corinthians hoje. O que leva dinheiro o que investe em jogadores e faz o espetáculo acontecer.

Já disse acima, tem que ser punido, mas corretamente, dentro do regulamento.

E o caso do menino assassinado? Esse é um problema para a polícia.

E a proibição até da imprensa de entrar no estádio hoje?Apenas jogo de palavras. Acho muito difícil a Conmebol explicar aos patrocinadores que ela vende mas não entrega. Só rindo.

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O “di menor” se apresentou. Era uma barbada.Eu já sabia
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Luiz Ceará

Dia 22 deste mês, eu escrevi que: Daqui a pouco quem mandou ver no sinalizador vai aparecer por que tem gente graúda dos Gaviões em cana.
O melhor a fazer é tratar tudo com a devida calma por um motivo somente.
O menino já desencarnou. Não volta nesta vida.
Mas não se pode aturar mais este tipo de agressão. Tudo tem um limite e o fanatismo está totalmente fora de controle. Atenção para os próximos passos.
Neste final de semana um menino de 17 anos assumiu a autoria do disparo do sinalizador. Ia acontecer. Era uma barbada. Pule de dez.
È assim no crime organizado. Quem assume é sempre um menor. Ou alguém não está cansado de ver isso?
Duas coisas. Primeiro ele assumindo não quer dizer que os que lá estão encarcerados serão soltos. Segundo, que esse menino pela Lei, jamais será extraditado. Não que não haja possibilidade, mas que também há de não acontecer. Por isso acredito que ele cumpra pena por aqui.

 

Mais uma: E a revista na porta do Estádio em Sem José¿ A mesma polícia que está encarcerando e “investigando” o caso deixou todo mundo entrar com rojões, sinalizadores da Marinha e outros de todo tipo. E Mais ainda. Pela quantidade de coisas jogadas dentro de campo tentando acertar jogadores do Corinthians, e isso está em todas as TVs, não vai haver interdição do Estádio?

Antes de tudo, bom dia a todos.

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O Corinthians perdeu. Atenção para os próximos passos.
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Luiz Ceará

É evidente que o torcedor que disparou o sinalizador pra cima dos torcedores do San José não queria matar ninguém, muito menos um menino de 14 anos.

Mas aconteceu. É uma fatalidade da vida que somente acontece pra quem corre atrás dela. E a atitude das organizadas em relação ao espetáculo futebol nos leva a ter a certeza que isso pode acontecer de novo como tem acontecido de forma recorrente nos últimos anos.

A pancadaria das ruas, as mortes entre torcedores rivais, os encontros marcados pela internet mostram claramente isso.

O Corinthians pode ser culpado dessa merda? Não, mas no contexto das leis que regem o espetáculo do futebol, sim.

Por isso fica sem torcida nos próximos 60 dias e leva um prejuízo de mais de 3 milhões de reais.

Joga com o estádio vazio.

As organizadas estão sinalizando que vão ficar no entorno dos estádios.

Isso vai gerar mais tumulto. A PM está em alerta.

Daqui a pouco quem mandou ver no sinalizador vai aparecer por que tem gente graúda dos Gaviões em cana.

O melhor a fazer é tratar tudo com a devida calma por um motivo somente.

O menino já desencarnou. Não volta nesta vida.

Mas não se pode aturar mais este tipo de agressão. Tudo tem um limite e o fanatismo está totalmente fora de controle. Atenção para os próximos passos.

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O Corinthians real volta nesta quarta. É o time a ser batido.
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Luiz Ceará

Acho que perdi um pouco o foco depois da tragédia de Santa Maria. Hoje pela manhã o jornal Correio Popular aqui na minha Campinas publicou fotos dos jovens que desencarnaram no incêndio da Boate Kiss.Uma lástima, mas que tem explicação na espiritualidade. Não vou entrar nesse assunto.

Ontem eu estava sem clima para trabalhar, mas tive que ir ao lançamento do livro do meu amigo Daniel, fotógrafo do Timão. Ele faz lá um trabalho absolutamente fantástico e necessário à história do clube. Enquanto eu estive no lançamento, conversei com o goleiro Cássio, com Pato e com o Tite.

Sobre o mesmo assunto.A mesma pergunta.Na verdade uma colocação. Eles vão enfrentar o momento “time a ser batido”.

Pato é novidade, ta louco para estrear, foi super simpático com torcedores. Está eufórico com o novo clube e isso é bom. Disse que é normal o que vem pela frente.

Cássio tem mais consciência do momento que o time vai enfrentar e que todos lá já sabem como agir. Tem que jogar como Campeão mesmo e se impor dentro de campo. Afinal o Corinthians chegou no topo. Agora tem que jogar pra ficar lá.

Tite tem mais ou menos a mesma explicação. Mas um detalhe me fez pensar. O futuro dele no timão. Tite desconversou, riu e disse que somente no final deste ano ele vai falar. Estaria ele pensando em um novo desafio? Não sei, não deu pra sentir que ele queira sair, mas o status que ele adquiriu me leva a pensar que ele pode pensar num vôo europeu. Vamos esperar.

Amanhã tem o time titular ou a maior parte dele em campo contra o Mogi no Pacaembu. Perguntei ao Tite se o time titular vai voltar. Sorrindo ele me disse que: ” os titulares são sempre os que entram em campo com a camisa do timão”. Então ta. Fim de conversa.

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Os dedos na Taça de Campeão do Mundo
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Luiz Ceará

Cheguei ao CT Joaquim Grava meio dia e meia, exatamente na hora em que os ônibus do timão estavam começando iniciar a virada da pequena ruela paralela à Rodovia Ayrton Senna para entrar.

Mais de dois mil corintianos em êxtase, física e espiritualmente. Só uma coisa na cabeça. Timão Campeão do Mundo.

E um olhar na Taça. Que sonho seria tocá-la. Não daqui a um mês, exposta que será no Parque São Jorge, mas hoje, na chegada dela. É hoje o dia de tocar na Taça.

Por que ?

Porque está quente das mãos dos jogadores, porque tem respingos de champanhe, de vinho branco, porque tem suor dos heróis escorrendo ainda.

É místico, insuportável paixão.

Olhei para repórteres de todas as emissoras espalhados pela entrada do CT, encima de caminhões de link, gente de jornais e internet. Pensei em realizar o sonho de pelo menos alguns.

No meio do barro do lado de fora caminhei até o alambrado em que os corintianos de várias facções estavam grudados esperando ver os jogadores de perto. Eles gritavam nomes de qualquer jogador, e quando apareciam eles choravam de emoção. Se apertavam, mas em paz, sem brigas e nem chingamentos. Só queriam ver os jogadores e tocar na Taça.

Com a ajuda de alguns caras dos Gaviões cheguei onde queria. O mesmo lugar em que eles estavam. Chamei Denis, um dos assessores de imprensa do Timão e pedi a ele para pedir ao Edu – ex-jogador Campeão do Mundo na primeira vez e hoje dirigente – que se pudesse, trouxesse ataca até o alambrado. E comecei a rezar com eles, os torcedores. Eu queria muito ver a cara deles diante da Taça e de tão perto. Realizar o sonho deles.

Deus é pai. E São Jorge sempre está de prontidão. La vem o Edu, sorridente e com ela nas mãos. Veio em direção a nós. Parece que ele tinha adivinhado nossa intenção.

Fui sofocado pelos corpos que me apertaram no alambrado. Espremidos, eu e Miúdo meu câmera. Eu de microfone na mão ele com as lentes direcionadas para a Taça.

Dez passos e Edu estava na nossa frente, e a cena que me fez chorar aconteceu.

Enlouquecidos dedos. Dez, vinte, trinta talvez entravam e saíam dos buracos da grade de proteção em direção á taça. Eles tocavam nela com amor, como que mandando mais e mais fluídos positivos, como se isso ainda fosse possível, como se tivessem mais energia em seus corpos depois de tanta festa, suor, sufoco e lágrimas de alegria.

Aquela imagem dos dedos dos torcedores tocando a Taça docemente nunca vai sair da minha cabeça. Essas imagens são reais e podem ser acessadas no programa Rede TV Esporte de ontem.

O Corintiano tem muito que comemorar. Tem um titulo de Libertadores e um Bi do Mundo. E um Estádio pra chamar de seu.

 

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O Timão faz um barulho e uma festa que o Japão nunca viu e nem ouviu.
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Luiz Ceará

Hoje foi dia de ouvir Tite. Visivelmente emocionado, ele falou mais de uma hora com a imprensa. Marco Aurélio, repórter da Globo fez o treinador passar a limpo sua carreira desde o início lá no Rio Grande do Sul. Foi muito para o treinador que vai disputar uma competição em que pode se sagrar campeão do mundo. Faltou nada pra ele chorar na frente de todos.

O momento é muito especial para Tite e seus comandados. Eles chegaram ontem à tarde no clube e quando foram para o Aeroporto uma multidão estava entre o CT do Corinthians e Cumbica. Mais de 15 mil fanáticos acenando e desejando boa sorte. No Japão serão mais de 20 mil pelas ruas. Um barulho que o Japão nunca viu nem ouviu. Uma verdadeira invasão.

Dentro de campo um time guerreiro que vai enfrentar uma continuidade de treino com se estivesse no Brasil. Serão 6 treinos até o dia 12. Depois das emoções aqui no Brasil, esse tempo vai arrumar a cabeça dos jogadores.

Não vai ser fácil como o torcedor acredita. O Timão vai fazer dois jogos. Duas paradas duras. Não pode ser bom, tem que ser excelente.

A nação vai vibrar e o barulho vai chegar até o Japão. Eu, nestes anos todos nunca vi uma coisa igual. Emociona o jornalista mais durão quanto mais um cara como seu, chorão. Vamos ver.

Eu disse hoje na Rede TV que os jogadores do Corinthians estão saindo daqui como heróis da Libertadores e podem entrar para a eternidade do clube na volta como Bi-campeões mundiais.
Está dada a largada.

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A Caixa apostou no cavalo que vence. Tá certa. O resto é dor de cotovelo
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Luiz Ceará

Não tem defesa. Depois do discurso do delegado Mario Gobbi, presidente do Corinthians defendendo que não houve mãe no patrocínio da Caixa ficou claro que teve.

Galinha quando bota ovo cacareja, avisa que botou.

O Flamengo tinha a Petrobrás. Mamou durante anos na empresa. De tanto se esforçar para virar o timinho que hoje é, perdeu o patrocínio e hoje chora. Para haver continuidade num projeto desses, o banco quer garantias, como a Petrobrás queria. No caso do BMG que patrocina outros clubes, o buraco é mais embaixo. Esse banco tem um braço dentro do futebol Compra e vende jogadores. É negócio, vale tudo nesse meio sujo.

A Caixa botou sua grana num clube de ponta depois de fazer exercício em clubes menores. Deu certo, então vamos para um gigante, concluíram. Vai dar certo e retorno que é o que mais interessa. Se a Caixa pensou num cartão fidelidade com torcedores acertou na mosca. Se quer atingir o povão acertou de novo. E com a classe média também. Vai etr até bacana fã da Caixa daqui pra frente. O Corinthians é isso.

Patrocinador grande, principalmente o dinheiro que vem do governo, precisa sim de um empurrão. Lula empurrou e Andrés está no meio. Não adianta Mario Gobbi chiar que não cola.

A Caixa fez o certo. O que vem por aí é choradeira de clubes que evidentemente tem inveja. Pura. Só isso e uma boa cama quente pra chorar.

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O Boca não assusta mais, palavra de Zenon.
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Luiz Ceará

Gosto de conversar com gente equilibrada. Pra me acelerar basta os caras com quem eu tenho que falar todos os dias. Entre esses, são pouquíssimos os normais.

Por isso hoje cedo, agora a pouco, conversei com um cara pra lá de zen. Zenon. Um segundo volante que é fã do meio campo atual do Timão, e que não tem meias palavras quando fala de bola.

Aí vai o que foi nossa conversa.

“Esse time sabe jogar. Tem que se manter firme, sem inventar só porque está na Bombonera. Manter a pegada e a mesma determinação.
Para vencer o Boca na Bombonera o Corinthians precisa manter sua forma de
O elenco é experiente, já passou por essa situação de competir com responsabilidade. O jogo do Vasco é exemplo.

O time está bem dirigido e está focado, bem montado. Tem uma boa defesa, mas o meio campo me encanta. Marca e sai pro jogo. Já fizemos isso no passado. Ninguém agüenta.

O Santos não agüentou a marcação e a saída de jogo do time para completar o objetivo.

O Corinthians jogando como sabe corre pouco risco de tomar gol na Bombonera e vai poder utilizar o contra ataque com certeza

Nos 180 minutos o Corinthians é favorito.

Riquelme será vigiado e marcado como foram Neymar e Ganso, e Juninho. Não tem como errar.

O Corinthians faz da sua força sua maior virtude.

O Boca hoje é um time comum, Não assusta mais.

Hoje o Corinthians é melhor que o Boca”.

Palavras de Zenon, que sabia o que fazer com abola dentro de campo.

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90 minutos de Cássio. Ainda restam mais 90.
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Luiz Ceará

É fatal pra quem joga em casa enfrentar um grande adversário e sentir que as coisas estão muito iguais.

O Corinthians começou pra cima do Santos, desrespeitou no bom sentido. Não deu bola pra Vila Belmiro. Igualou forças marcando bem como sabe fazer e indo à frente sem medo de ser feliz.

Deu certo. O Santos se assustou e quando acordou estava perdendo de 1 a 0. Anderson Sheik recebeu de Paulinho pela esquerda e de pé direito fez um golaço mandando a bola no outro canto do goleiro, em diagonal. Gol de quem sabe exatamente o que faz.

E mais. O Corinthians não deu o que o Santos esperava. Espaço e o contra ataque. Foi fatal, mesmo o Santos quase mancando ao final do primeiro tempo.

Eu diria que a diferença de um para o outro no primeiro tempo foi que o Timão não se afobou. O Santos sim.

No segundo tempo do eletrizante Santos e Corinthians, deu o que tinha que dar no primeiro. Um Santos super ofensivo de dono do campo.

Parou no goleiro Cássio numa noite de gala e no jogo coletivo do Timão. É interessante observar que o Corinthians não sofria no jogo. Administrava o resultado.

O jogo desandou um pouco com as entradas de Neymar em Castan e de Anderson em Neymar que causou a expulsão do Sheik. Mas foi muita fumaça pra pouco fogo. Posso estar enganado. O fato só serviu para dar mais tempero para o próximo jogo em São Paulo.

De toda forma, como eu disse no post anterior, jogo de futebol só acaba quando termina, parafraseando o Velho Chacrinha e com o apito do juiz.

Quanto mais um jogo de 180 minutos. Falta o do Pacaembu.

No jogo do Palmeiras uma enorme surpresa. Contra todas as expectativas o verdão obteve um resultado extraordinário. Um 2 a 0 em Porto alegre contra o Grêmio.

Quebraram a cara todos os jornalistas esportivos do país, inclusive eu.