Luiz Ceara

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O agente do mal.
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Luiz Ceará

Há um momento para a tristeza e outro para uma ação que vai levar a tal tristeza embora.

Na morte do torcedor do Corinthians Douglas Silva em Agosto de 2011, do bugrino Anderson Ferreira há dez dias e do palmeirense André Alves Lezo neste final de semana há um momento comum. É quando a intolerância vence ao bem. A guerra entre os torcedores não acontece mais somente dentro dos estádios. Lá, o policiamento é ostensivo, coíbe o mal.

Hoje é tudo marcado e remarcado pela Internet. Foi assim que o corintiano, o palmeirense e o bugrino morreram. Briga de rua marcada pela internet.

A polícia tem como saber antes de acontecer. No mundo da internet tem. A hora e o local são marcados com antecedência.

As leis são antigas em se tratando desse tipo de crime. O virtual. É preciso um estudo rápido e medidas eficientes. O estado tem condições? Tem.

Mas tem um detalhe que vai sempre estar à frente de qualquer medida de prevenção e que necessitaria ser analisado. A violência não está nas ruas. Ela vai para as ruas pela cabeça de quem comanda, de quem lidera. O cara do mal. O agente não necessariamente é o chefe da torcida, o presidente da facção. Quem comanda o mal é uma cabeça perversa e preparada para agir com os mais fracos, com a massa que ele vai manobrar. Esse cara tem que ser descoberto. Esse é o agente do mal.

A medida da FPF de pressionar os torcedores a não entrar nos estádios com as camisas das organizadas me faz rir.

O mal está na rua. É preciso encontrar seu agente.O que agita, o que está sempre com novos planos, o líder que insufla. Esse é o covarde que não põe a cara para bater, que não leva a bala na cabeça, não sente o golpe do cano que esfacela o cérebro e que não é encontrado morto no rio Tietê.

É preciso mais inteligência e muita oração, duas armas poderosas contra o mal. A tristeza das famílias precisa acabar.

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