Luiz Ceara

Arquivo : Santos

Nenê não vem. O Peixe perde pouco. Com Marcos Assunção ganha muito.
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Luiz Ceará

Nenê queria jogar no Santos e fez juras de amor. Mas queria receber também o valor equivalente ao que ganharia de salário até junho no PSG – cerca de 2 milhões de euros ou R$ 5,4 milhões, quando iria terminar seu contrato com o clube francês. O Santos ofereceu R$ 2,5 milhões.
Nenê ganhava cerca de 330 mil euros de salário na França, cerca de R$ 880 mil reais mês. E não queria perda salarial, mesmo estando em uma situação difícil, por não ser mais titular.
Nenê não teve duvida. Foi para o Oriente Médio. Lá, o Al Gharafa, do Qatar concordou em pagar um salário anual de 5 milhões de euros, cerca de R$ 13 milhões, o que representa aproximadamente R$ 1,1 milhão de ganho mensal.
E Nenê, apaixonado pelo Santos deu uma entrevista que mostra como ele ficou triste com a proposta. Ele disse que: “A diferença foi maior para o Qatar, uma diferença enorme, os números são muitos grandes. A nossa esperança é que eu viesse para um futebol competitivo. Tenho vários amigos que trabalham no Qatar, é um futebol para ganhar dinheiro. Muitas vezes se vê o lado financeiro”.

Futebol é isso aí.

Feito de paixão e dinheiro hoje em dia. Muito dinheiro e alguma paixão.

Amor, somente do torcedor. Mas vamos ser práticos.

Quanto o Santos perdeu?

Nada. Nenê é um excelente jogador. Montillo que foi contratado joga mais que ele. Vai fazer falta? Não.

De quebra o Peixe levou um baita jogador. Marcos Assunção. E ganhou uma bola parada que vai mexer com o time. Com o time adversário, eu quero dizer.

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A Recopa Sul-Americana é do Peixe e a vaia é do Ronaldinho Gaucho.
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Luiz Ceará

A noite de ontem começou com a festa do Peixe no Pacaembu com mais de 28 mil torcedores. Neymar e Bruno Rodrigo marcaram no 2 a 0 contra a Universidad do Chile na conquista da Recopa Sul-Americana. O Peixe empatou no jogo de ida sem gols.

O detalhe: Neymar perdeu dois pênaltis. Um na ida e outro ontem. Mas valeu.

O Peixe é o Campeão da Recopa Sul- Americana.

A festa continuou. Festa no Engenhão com o golaço de voleio de Wagner Love. Uma pintura, de placa mesmo.

Antes de começar o jogo que tinha de um lado um quase lanterna, o Fla e de outro o quase líder Atlético Mineiro, Ronaldinho Gaucho experimentou uma lei da natureza que nunca pode ser esquecida.

A de causa e efeito. Fez tudo errado quando esteve no Flamengo, deitou e rolou se achando ao extremo. O efeito foi uma sonora vaia de mais de cinco minutos, um protesto justo de quem foi enganado. Falo do torcedor, o da galera, o Geraldino de Almeida, que aplaudiu e chorou de alegria na chegada e sofreu mais que cachorro que cai da mudança na partida.

Vamos pro jogo que teve além do gol de Love um Atlético-MG sem nehuma inspiração. Nenhum chute a gol e um Ronaldinho marcado pelos jogadores e pelo torcedor. Não deu pra ele.

No tempo final em 15 minutos dois gols. Um de Jô, um golaço logo de cara empatando o jogo e depois dos dez, Liedson também fez um belíssimo gol, de meio voleio à lá Bebeto. O Flamengo estava na frente e o jogo ficou nervoso.

O Atlético ficou com 10 em campo com a expulsão justa de Rever.

Foi só. Com esse resultado o Flamengo ficou em décimo lugar na classificação geral. O Atlético-MG continuou em segundo.

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90 minutos de Cássio. Ainda restam mais 90.
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Luiz Ceará

É fatal pra quem joga em casa enfrentar um grande adversário e sentir que as coisas estão muito iguais.

O Corinthians começou pra cima do Santos, desrespeitou no bom sentido. Não deu bola pra Vila Belmiro. Igualou forças marcando bem como sabe fazer e indo à frente sem medo de ser feliz.

Deu certo. O Santos se assustou e quando acordou estava perdendo de 1 a 0. Anderson Sheik recebeu de Paulinho pela esquerda e de pé direito fez um golaço mandando a bola no outro canto do goleiro, em diagonal. Gol de quem sabe exatamente o que faz.

E mais. O Corinthians não deu o que o Santos esperava. Espaço e o contra ataque. Foi fatal, mesmo o Santos quase mancando ao final do primeiro tempo.

Eu diria que a diferença de um para o outro no primeiro tempo foi que o Timão não se afobou. O Santos sim.

No segundo tempo do eletrizante Santos e Corinthians, deu o que tinha que dar no primeiro. Um Santos super ofensivo de dono do campo.

Parou no goleiro Cássio numa noite de gala e no jogo coletivo do Timão. É interessante observar que o Corinthians não sofria no jogo. Administrava o resultado.

O jogo desandou um pouco com as entradas de Neymar em Castan e de Anderson em Neymar que causou a expulsão do Sheik. Mas foi muita fumaça pra pouco fogo. Posso estar enganado. O fato só serviu para dar mais tempero para o próximo jogo em São Paulo.

De toda forma, como eu disse no post anterior, jogo de futebol só acaba quando termina, parafraseando o Velho Chacrinha e com o apito do juiz.

Quanto mais um jogo de 180 minutos. Falta o do Pacaembu.

No jogo do Palmeiras uma enorme surpresa. Contra todas as expectativas o verdão obteve um resultado extraordinário. Um 2 a 0 em Porto alegre contra o Grêmio.

Quebraram a cara todos os jornalistas esportivos do país, inclusive eu.


Depois dizem que o Paulistão é chato.
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Luiz Ceará

É impossível afirmar quem vence hoje. Santos ou Guarani?

Mas é provável que o Santos vença.

Para o Bugre vencer tem que acontecer 2 coisas.

O Guarani estar numa tarde única, jogando muito, marcando Neymar e Ganso perfeitamente, e na frente tudo dando certo.

Ao mesmo tempo Neymar tem que estar numa tarde ruim, daquelas para não lembrar.

Não podemos esquecer que mesmo que o Guarani tenha chegado pelos méritos de seu time e de sua comissão técnica, vai ter pela frente um time que quer ser Tri Estadual, num ano especial para eles.

Acordei elétrico e não vejo a hora do jogo começar. Futebol faz isso com a gente. Depois diz que o Paulistão é chato.

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Eu tinha 13 anos e vi o Santos ser Campeão do Mundo. Eu era feliz, e sabia.
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Luiz Ceará

Gilmar, Ismael, Mauro Haroldo e Dalmo. Lima e Mengalvio. Dorval, Coutinho Almir e Pepe. Esse time foi responsável por eu ter umas das noites mais felizes destes 61 anos em que estou aqui na terra.

Eu tinha 13 anos e amava musica e futebol, não sei em que proporção para um ou outro, mas era assim. Futebol era o Santos por causa de Pelé, Pepe, Mengalvio, Coutinho e Gilmar. Eu amava Gilmar. E musica porque eu sintonizava no rádio da minha casa, enorme radio, a Radio Nacional do Rio de Janeiro. Ouvia aos sábados o programa de Cesar de Alencar. E durante a semana, as novelas das seis da tarde com minha mãe, dona Maria. Minha preferida era As Aventuras do Anjo.

Jogava bola e estudava pouco. Apanhava de vara para voltar pra casa depois do futebol. Rua de terra batida, árvores para subir e ver de longe os jatos pousando em Viracopos.

Naquele ano de 63 o Santos foi Campeão da Copa Intercontinental, hoje correspondendo a Campeão do Mundo em pleno Maracanã com mais de 120 mil torcedores fanáticos por aquele time. Eram torcedores de todos os times do Rio, mais os santistas. O país era santista naquela noite. Foram na verdade dois jogos, um 4 a 2 com muita chuva e a decisão com um gol de Dalmo. O 1 a 0 que eu nunca vou esquecer.

Teve o jogo da chuva com os gols de Pepe. O Santos virou um 2 a 0 com um futebol maravilhoso e uma raça para ninguém dizer que o maior time do planeta era só bola pra cá e pra lá, dribles e outras cositas mas. Era um timaço, o melhor futebol que eu já vi jogarem.

Mas eu não escrevi para falar de bola, que pouco entendo. Escrevi para dizer que o Santos de Pelé e naquela noite chuvosa, de Almir Pernambuquinho me encantou, me fez feliz e me mostrou um futebol que me dá parâmetro para saber quem joga e quem não joga.

Santos, que você seja feliz no dia de hoje como fez a felicidade de milhões de meninos de 13 anos como eu, hoje sessentões apaixonados por bola.

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O Barcelona não é novidade, é cópia.
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Luiz Ceará

Eu esperei para ler quase tudo que foi escrito e para ouvir grande parte do que foi dito a respeito do Santos e Barcelona.
Não me assustei com o resultado. Foi normal. Ou não? Se o Santos saísse com o título eu diria que foi um jogo épico. Vencer o Barcelona hoje é possível, mas muitas coisas têm que acontecer no jogo. O Barça jogar mal, por exemplo.
Os jogadores do Peixe saíram de campo e deram a deixa para comentaristas e críticos, colunistas e blogueiros que correram para explicar. A boleirada do peixe tomou um samba lelê e disseram isso na saída de campo. Tomamos uma aula de bola.
Pronto, tá explicado.
De correto mesmo, a explicação do treinador do Barcelona. Ele disse que seu avô e seu pai lhe ensinaram que futebol bonito e eficiente era o do Brasil da época deles. O cara ouviu e aplicou quando teve oportunidade e jogadores à disposição. Jogadores eu disse, não pés de rato.
Foi isso o que aconteceu com o Santos.
Foi o que aconteceu com o Barça duas vezes contra times brasileiros recentemente.
Foi assim na Copa de 70.
Quase assim em 82, o melhor de todos os times.
Quem joga bola sabe o que to dizendo.
PS: Estou de férias e escrevi porque não tô fazendo nada mesmo. Volto em 4 de Janeiro. Na Band e aqui no Blog. Bom Natal e um Ano Novo de muito trabalho e saúde, que tem vagabundo à solta neste país. Ou não?

Tags : Santos


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