Bebel, Adriano, Garrincha e o mundo hipócrita da bola.
Luiz Ceará
Bebel foi presa ajudando o talvez namorado roubar um carro. Ela disse que só estava dirigindo o carro dele.
Bebel jogou futebol no Santos. Lá ela teve problemas de relacionamento por causa das drogas e foi demitida.
O pretenso namorado de Bebel disse que o carro que ele estava roubando era para ser trocado por drogas.
O Santos tentou, mas não conseguiu ajudar Bebel.
O jogador Jorge Mendonça, pessoa dócil como Bebel morreu de cirrose porque era viciado em álcool. Telê Santana, Careca, Julio Cesar e Zenon, que eu se, i tentaram ajudar.
Uma vez, ele estava internado. Eu fui visitá-lo porque era amigo dele. Ele pediu para eu ficar no lugar dele porque ele queria fugir para tomar umas. Triste
.
Sócrates e Garrincha diziam que o álcool não era um problema, que eles paravam, se quisessem. Deu no que deu. Os relatos das pessoas mais íntimas dos dois jogadores dizem o contrário
Jobson é outro caso dolorido. Ele assumiu o uso de crack , cocaína, e foi suspenso por dois anos. Ele é viciado, e precisa de tratamento.
Adriano usa álcool e não consegue ficar sem. Está neste momento trancado praticamente no CT do Corinthians para que até o final desta semana se possa fazer uma avaliação melhor da sua condição.
Alguém que leva uma vida normal, melhor, um atleta de vida normal precisa ficar trancado?
No futebol o que mais existe é a indiferença com os atletas. Se esconde a realidade. É um mundo de fantasia e sordidez.
Todos esses atletas citados precisavam de apoio, mas principalmente de querer sair do fundo do poço. O vicio, seja ele o cigarro, o álcool ou cocaína, crack, enfim, tem uma base para o reencontro com a vida. O viciado necessita querer voltar. Ele está preso, física e espiritualmente. É preciso entender isso para que ele possa ser ajudado. Não há outra alternativa.
Assim é, também, o mundo da bola. Esse é apenas um dos lados do glamour que é mostrado.
Hipócrita.