O romantismo ainda não acabou.
Luiz Ceará
Hoje tem jogo pela Copa dos Campeões. Milan e Barcelona. O que dizer da qualidade desses times?
Dizer que sem o dinheiro que eles tem e sempre tiveram e da organização e estrutura que sempre tiveram, não teriam contratado a nata do futebol. Não vou falar aqui os nomes porque vocês sabem quem são. Seriedade, organização, estruturação de um clube e de um campeonato. Mais ou menos lisura, porque lá como aqui existem falcatruas e safados. Senão o presidente do Barça não seria sócio do Ricardo Teixeira. To errado?
Dizer que por aqui nos sobra o Paulistão à noite. Temos nossa nata, de um leite de menor qualidade, mas temos. Nosso Paulistão é interior pegando fogo. Times que se montam para um campeonato e nada mais. Jogam hoje os ricos e os pobres. Não tem importância, porque o que vale é ver o rosto alegre dos torcedores do interior. Mirassol é cidade pequena, mas viveu momento de glória com o jogo entre o time da casa e o São Paulo. Jundiaí vai ver os jogadores do Palmeiras de perto. Os torcedores vão assistir Felipão no banco dando ordens a seus comandados. Uma honra. Os jogadores do Guaratinguetá vão a Santos amanhã. Muitos vão assistir Neymar jogar. Outros vão realizar o sonho de jogar na Vila. Essa é a graça que eu vejo nos Campeonatos Estaduais, acima do ranço de quem acha que não valem nada.
O mundo pode ter mudado, eu posso estar atrasado, mas sou feliz em ver esse lado da bola. O do romantismo puro. Já trabalhei em jogo do Santos e fiquei vendo, desatento da reportagem em si, Ganso desfilar. É assim que eu vejo futebol.