Caso Ronaldinho.A difícil escolha entre a Lei e o papo furado.
Luiz Ceará
Gislaine Nunes é uma pessoa de bem, e profissional séria.
Pegou o caso do Ronaldinho Gaucho e destrinchou, como se diz no interior. Caso fácil, segundo gente que transita com ela.
O vice de futebol do Flamengo Paulo Cesar Coutinho mostrou como os cartolas em geral, com exceções, tratam seus atletas juridicamente. Vergonhoso. Sei que o amigo já leu a frase, mas vale repetir o que ele falou para a Gislaine ao telefone.
“Quando falei com o Coutinho, ele me disse que o Ronaldinho não joga nada e falou um palavrão. Agora ele que vá chorar na cama que é lugar quente”. Que beleza seu Coutinho. Que educação, que lisura, que responsabilidade. Como o Flamengo está bem representado no futebol. Aí sim dá pra entender porque o time é uma baba. Vai chorar na cama quente cara pálida.
A dívida é de R$ 40.177.140,00. Ronaldinho já conseguiu vitória na 9ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, após decisão do juiz substituto André Luiz Amorim Franco. O Flamengo já foi notificado. Agora vai se defender ou partir para o ataque.
O que pensar de alguém que deve essa grana para um funcionário? Tem que pagar.
E para um funcionário que não cumpriu suas funções como se esperava? Que não atingiu as metas, e somente deu prejuízo moral com tanta festança e alegria exacerbada? E pouco trabalho? Com um cara inconseqüente que somente pensa em seu bem estar?
O caso tem duas vias. Primeiro, ele merece o que foi acordado em contrato. A lei é para ser cumprida. Segundo, ele não merece nem obrigado pelo quase nada que ofereceu em troca de confiança e esperança de toda uma nação de torcedores.
Difícil né?