Como William e Maurício, Ricardinho é uma lenda que joga.
Luiz Ceará
Ando meio lusco fusco, como se dizia antigamente. Nem luz, nem escuro. Meio termo, neblina, cair da tarde, crepúsculo.
Nada que me tire a vontade de contar casos aos amigos e falar de bola, minha paixão.
Encontrei amigos do vôlei. Conversei e perguntei sobre Ricardinho. Porque ele esteve fora, de verdade?
Coisa de grupo, cabeças pensantes diferentes. A dele e a do Bernardinho.
Bernardinho foi um excelente levantador. Só não foi titular da seleção porque William era um fenômeno. Mas ele, Bernardinho sempre foi um primor tecnicamente, um talento. Já tinha em Seul sua Vera Mossa e a cabeça voltada para treinar equipes.
Aí seu talento aflorou. Hoje ele é um dos três maiores do planeta. Então porque Ricardinho não estava na Seleção Brasileira?
Isso, tudo o que eu disse acima não vale mais. É passado, foi só pra relembrar um pouco o caso. O que vale é que o gênio voltou.
E para mostrar que o tempo é o senhor da razão. Com Ricardinho, Bruno vai ser melhor do que já é. Vai aprender o que não sabe. Vai ver de novo o melhor do mundo em ação.
Ricardinho é lenda como William e Mauricio. Sou grato à vida porque vi os três jogarem, ali na quadra, na minha frente. Foi uma honra comigo.
Num dia como hoje, falar desse assunto me ajuda,fico muito feliz com a volta do Ricardinho, jogador diferenciado e genial, talento puro. Porque entendo a coisa do tempo. Sofro mas entendo que é preciso dar tempo ao tempo, o senhor das razões.