Londres-2012 usou a emoção e o coração na festa de abertura.
Luiz Ceará
Eu não sou especialista, vou falar com o coração de um jornalista que cobriu apenas três Olimpíadas, mas que viu pela TV todas as outras possíveis.
Quando vi o cenário que se abriu na tela esta tarde pensei imediatamente em Barcelona. Eles vão falar ao coração, tocar fundo no sentimento, vão fazer cinema e teatro, musica ao vivo e pessoas de carne e osso, conhecidos e desconhecidos vão desfilar suas performances, pensei.
E foi assim mesmo, com humor e alegria.
A Rainha apareceu numa cena gravada com Daniel Craig, o novo James Bond, e desceu de paraquedas apenas no imaginário. INACREDITÁVEL. Claro que era uma brincadeira, mas foi de pregar os olhos na tela. E em seguida ela entrou no Estádio Olímpico como devia. Nem séria, nem sorrindo. Rainha Elisabeth, se me entende.
E o que aconteceu depois, o que se viu foi história, e sonhos.
Paul MacCartney cantou Hey Jud ao final. O estádio cantou, o mundo inteiro cantou. Milhões de pessoas no planeta cantaram juntos.
Assim se faz uma abertura de festa, com simplicidade absurda e emoção.
Não chorou que não quis.