O espírito iluminado de Hebe e o cara de pau do Nielson Nogueira Dias.
Luiz Ceará
Foi um dia de muita alegria e também de extrema tristeza.
Pela manhã eu vi uma cena do enterro do corpo de Hebe Camargo. O espírito dela está vivo e sua mensagem é o que resta e permanece na terra. O nosso rastro, o que fizemos o que realizamos e o que pensamos sobre a vida. Isso fica.
Hebe um dia entrou como um furacão na sala da produção de seu programa no SBT onde eu trabalhava. Eu conversava com companheiros. Ela entrou e sorrindo muito me chamou pelo nome. ”Oi Ceará vamos falar sobre a Copa do Mundo no meu programa?” E fomos, eu, Osmar de Oliveira, Luiz Alfredo e acredito Orlando Duarte e Juarez Soares. Foi tão emocionante para este repórter e inesquecível, porque levei minha mãe até São Paulo, nos estúdios do SBT para ver o programa ao vivo. Eu disse a Hebe que ela, minha mãe, estava na platéia. Hebe, carinhosamente ofereceu flores para minha mãe. Hebe era assim, generosa.
Hebe era um espírito de luz espalhando luminosidade e alegria por este país. Inesquecível. Esta é a parte alegre do dia, em que comemoramos a alegria e o prazer de viver.
Mas o dia não acabou bem. Duas cenas extremamente tristes marcaram o esporte.
Primeira cena. Fim de jogo entre o São Paulo e o Coritiba. Lucas foi entregar sua camisa a uma fã e aí ocorreu o de sempre. Quase uma agressão física, palavrões, ódio. Uma cena comum nos estádios. A menina curitibana levou a camisa depois, porque foi levada não sei por quem até Lucas. Mas a marca da agressividade e a violência urbana que não cessa ficaram nas imagens da TV.
Segunda cena. O assoprador de apito Nielson Nogueira Dias viu Neymar levar porrada à vontade e nem ligou. Tudo bem que a fama de cai cai do jogador colabora para o mau humor dos assopradores pra com ele.
Mas o lance do jogo foi claro. Neymar arrancou da intermediária do Santos foi saindo da porradaria, driblando, e levou uma ultima de Elano. E o cara de pau do Nielson nada de apitar falta. Neymar reclamou e levou um amarelo. Depois levou falta de Pará e deu o troco. Errou, pisou no jogador do Grêmio. Foi expulso.
O tal de Nielson é um assoprador patético.
É isso.