Andrés Sanches entre o amor e o ódio. E o Ministro Joaquim Barbosa
Luiz Ceará
Menon escreveu hoje às 14:49:
Andrés Sanchez é do tipo que causa amor ou ódio. Mesmo entre os corintianos, lógico que o amor vencendo em grande proporção. Eu sou um cidadão normal, não sou diferente dos outros e também tenho ídolos e pessoas que desprezo. Faço de tudo para que isso não transpareça aqui. Vocês podem não acreditar, mas sou muito mais chato ao vivo. Aqui, eu seguro muitas opiniões.
Quanto a Andrés, com certeza não o odeio. E nem o amo. Minha maior irritação com ele é quando inventa notícias em relação ao São Paulo – saída de Dagoberto para o Santos, chegada de Romarinho etc – porque considero essas “plantações” um desrespeito aos jornalistas.
Andrés é o maior presidente da história do Corinthians. Acho isso inegável. Ele conseguiu o estádio para o clube, levou o time da segunda divisão para a disputa do título mundial, construiu um CT muito bonito, que só perde para Cotia, e, rompendo com o Clube dos 13, conseguiu que o seu clube recebesse verbas maiores da Rede Globo.
Agora, como diretor de seleções da CBF, Andrés está sendo criticado por estar participando de comícios da campanha de Fernando Haddad. Não vejo nada de errado. Todo brasileiro tem obrigação de exercer a cidadania. E, vocês podem ter certeza, não digo isso por votar no mesmo candidato que ele.
Muitos jornalistas que atacam Andrés estão fazendo campanha aberta pela condenação dos políticos envolvidos no mensalão. Não vou ser cínico de escrever Açao 47o. Muito bem, os jornalistas ligados a futebol tem o direito de falar em mensalão, de fazer campanha aberta pela condenação, mesmo sabendo que sua opinião pode influenciar na eleição de domingo. Eles podem. E devem. Isso é cidadania. O Andrés também pode.
Assino embaixo tudo o que disse brilhantemente meu querido amigo Menon. Ele é um craque.
Ele disse duas coisas importantes neste momento do futebol e do país.
Andrés é amado e odiado. E é hoje o maior presidente do Corirnthians em sua história. E para este repórter apenas por um motivo. Fez real o maior sonho do torcedor. O Itaquerão, que poderá se chamar Arena Casas Bahia, Banco Santander ou Fiat. Quem der mais leva.
E ele, o Andrés que eu vi na primeira pagina da Folha de S.Paulo atrás do Lula e da Dilma, está mesmo na campanha do Haddad. Eu nunca votaria no Haddad, isso é outra coisa. Mas ele pode sim, num país democrático. Andrés está exercendo seu poder e utilizando do carisma, que ele tem de sobra. E muitas vezes usa para o mal. Como diretor de seleções da CBF não ganhou nada ainda, vamos ver.
Todo jornalista que eu conheço está metido numa luta surda pela condenação dos mensaleiros. Eu oro pelos ministros do STF. Para eles serem honestos com o povo de quem foi surrupiado o dinheiro. Do povo, dinheiro nosso.
Se o Joaquim Barbosa sair na rua o povo abraça e beija ele. Virou ídolo popular.
Eu vivi na época em que a gente não votava. Tava tudo nas mãos dos militares. Esse tempo acabou, por isso temos que honrar o direito de votar. Escolher certo.
Quanto ao Andrés, amado e odiado, eu diria que gosto mais dele do que a maioria dos baba-ovos que andam a seu lado. Mas ele gosta de ser paparicado. Um pecado mortal.