O Palmeiras foi atropelado, mas ainda depende só dele para não cair.
Luiz Ceará
O São Paulo jogou muito no primeiro tempo do clássico. Se tivesse jogando um pouco menos perdia.
Mentira? Errado? Não.
Não, porque num clássico tudo pode acontecer. O Palmeiras estava marcando bem, muito bem, mas o ataque do tricolor com Luis Fabiano, Lucas e Oswaldo estava demais.
O volume de jogo do São Paulo foi muito maior que o do Palmeiras, porque não era tão eficiente do meio para frente. Foram 17 finalizações contra apenas 7.
O resultado foi um 2 a 0 com gols do Fabuloso numa rebatida de um chute de Lucas e uma varada do Denílson da intermediária. Um golaço que Denílson, com todo respeito vai demorar mais 20 anos pra fazer outro igual. Estava desmarcado e acertou uma curva com o lado de fora do pé.
Como diria um ex- ministro da República,um chute impegável.
Mas o segundo tempo poderia ser melhor. Pra quem? Para o Palmeiras? Não, evidente. Quem tem um lateral como o Artur, que deu porrada no Oswaldo no primeiro tempo e pegou ele no novo logo de cara no segundo – e foi expulso – e ainda um lateral esquerdo como o Juninho que tomou um baile do Lucas – e saiu contundido – não pode querer se criar em campo. Os dois saíram para o bem do Palmeiras.
Com dez em campo o Palmeiras acabou. Levou mais um gol, um golaço do Fabuloso e ficou vendo o tricolor desfilar.
E agora, com essa derrota o Palmeiras fica sem moral? Vai começar o papo de derrotista? Não. Sem cornetagem gente, porque vencer o São Paulo com um time inferior não é tão simples. O Palmeiras conhece seus limites.
Vai pra cima dos outros medianos como ele ou menores pra se recuperar e não cai. Tem o Coritiba e o Náutico pela ordem. Pode vencer os dois.
E não vai cair.