A caxirola é nossa
Luiz Ceará
Li sobre essa coisa da caxirola, o instrumento criado pelo musico Carlinhos Brown. Da proibição dela nos estádios da Copa. O motivo principal não é o barulho, ou, o som que ela produz, mas sim a possibilidade do torcedor se vingar da derrota de sua seleção e arremessá-la ao gramado como aconteceu no jogo entre o Bahia e Vitória, clássico baiano.
Encheram as laterais do gramado com as caxirolas. Feio.
Pode acontecer na Copa? Pode e vai. Ou o amigo não acredita que vai?
Na África do Sul o som da vuvuzela enchia o estádio com um super zunido. Uma loucura que chegou a atrapalhar e preocupar. Atrapalhou a comunicação entre treinadores e jogadores. Correto? Não.
Porque os jogadores via de regra não ouvem mesmo e não prestam atenção no que os treinadores falam. Olham, fazem que entendem, mas não cumprem. Quem manda no jogo é o boleiro.
E o torcedor nos estádios tava lá pra fazer festa, torcer, zuar e nem ligava para o barulho.
Então, um instrumento muito menos, digamos, barulhento que a vuvuzela está sendo banido da Copa pelo barulho que produz ou pela possibilidade de ser arremessado no gramado?
Com certeza absoluta pela possibilidade do arremesso da caxirola aos gramados sagrados de nossos elefantes brancos.
Hilário Medeiros, chefe da segurança do COL, Comitê Olímpico Local tentou proibir o uso da caxirola.
A versão de Hilário não durou 24 horas. A caxirola é um dos 1.500 produtos oficiais das Copas do Mundo e das Confederações. Ela é produzida sob licença da Fifa pela multinacional The Market Store. A empresa produz o chocalho em parceria com a Globo Marcas, companhia das Organizações Globo que detém o direito de distribuição de todos os 1.500 produtos oficiais da Copa. A caxirola deverá chegar na semana que vem às lojas, com o preço de R$ 29,90. Cerca de 10% do valor de venda de cada unidade é revertido para a Fifa e sua parceira comercial, a Globo Marcas.
Entendeu Hilário?
Duas coisas. Hilário ta sem moral e a caxirola é nossa.
É nóis na caxirola.