Voltou sem graça.
Luiz Ceará
A nação verde parou para ver seu time dar o ultimo respiro há mais de 300 dias. Foi em 18 de Novembro de 2012. Na volta do jogo contra o Flamengo em Volta Redonda, no ônibus, os jogadores souberam que o time tinha caído.
A realidade do Palmeiras passou a ser a segunda divisão do futebol brasileiro. A Série B. Inacreditável para o tamanho da glória desse time.
Hoje voltou com um empate contra o São Caetano. Jogo ruim. De ver.
A nação comprou mais de 35 mil ingressos. Os pais levaram seus filhos. Pais, filhos, netos, o torcedor comum das arquibancadas. A torcida organizada foi também com seus gritos. Eles queriam a vitória para encerrar o ciclo do desgosto, da boca amarga, espantar a zica. Xô azar danado.
Um empate bastava. O torcedor não queria negociação. Vitória, era o grito que vinha das arquibancadas.
O Pacaembu queria festa, o coração explodindo de alegria, correr pelas ruas da cidade cantando, “o Verdão voltou”!
Não deu certo a metade disso tudo.
O time voltou classificado matematicamente, mas não houve festa. Os rostos eram de decepção. O Palmeiras não jogou nada contra um São Caetano fraco. Não foi objetivo, não vibrou no mesmo diapasão de seus torcedores. Era um time apático e descontrolado dentro de campo. O Palmeiras sentiu e os jogadores não souberam explicar.
Foi uma tarde esquisita, sonhada durante quase um ano. Sonho que não virou realidade, festa que não ocorreu. Mas o Palmeiras voltou e vai ser Campeão da Série B.