Mastro nas bandeiras, nunca.
Luiz Ceará
Deu no UOL: A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei que permite que os torcedores voltem a portar bandeiras com mastro nos estádios de futebol do Estado. O artefato foi proibido nas arquibancadas paulistas há 15 anos, por estar sendo usado, à época, como arma em confrontos entre torcidas. Agora, para virar lei, o projeto precisa ser sancionado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Dos 92 deputados presentes, apenas um votou contra.
A notícia é de ontem, mas a ficha vai caindo aos poucos, dia a pós dia, e quando as bandeiras e seus mastros de bambu ou qualquer outro produto similar estiverem desfraldadas nos estádios, vamos ver a cara real dessa criatura chamada falta de responsabilidade de nossos políticos. Ou eu estou errado? Ou já não existe dor suficiente causada pelo tormento das brigas entre torcedores? E aí eu nem estou falando das organizadas. Vamos dizer torcedores. Há 15 anos elas, as bandeiras com mastros, foram proibidas porque os mastros e não as bandeiras eram armas. E continuarão a ser armas. E depósito de drogas e porque não pensar em bombas.
Vamos aguardar o governador Geraldo Alckmin, santista de coração e pai de família. Ele tem a caneta na mão e o poder de veto dessa palhaçada política. E tem consciência também. E responsabilidade com seus milhões de eleitores. Vamos ver.
As bandeiras são lindas como estão. Lindas é pouco. As torcidas, vistas de dentro do campo que é onde eu fico há trinta anos, emocionam, não há como mentir aqui ao amigo do Blog.
Porém… mastro, na bandeira, nunca.