O Brasil imita a França na hora do bicho pegar
Luiz Ceará
Na Copa da França, durante mais de trinta minutos antes da final ter início, o Estádio gritava pelos “azuis”, os jogadores da seleção. Uma baita seleção. Quando nosso time entrou em campo com Ronaldo fora de combate pelo que todos estão carecas de saber, o estádio estava em chamas. Uma chama azul, vinda do fundo do coração dos franceses. Eles cantaram o hino, não, eles gritaram o hino e empurraram sua seleção para a vitória e conseqüente conquista da Copa do Mundo da França. Eu estava lá e senti cheiro de queimado quando percebi o que a galera queria. Ela queria a taça e sabia que sua seleção ia jogar contra os bichos papões. Deu no que deu.
Estou vendo a mesma coisa nos nosso estádios. A galera está dando aos jogadores o combustível para enfrentar a Espanha, o inimigo a ser batido. Amor, devoção, emoção e respeito. O espetáculo dos estádios cantando o Hino Nacional é único.
Hoje o Brasil enfrentou um time da elite. Foi bem e goleou. O combustível funcionou.
Fora Hulk que eu não engulo – tem dezenas iguais a ele neste país – o time foi bem. Quem jogou e quem entrou.
Nossa seleção tem que estar em combustão total na tarde em que a Espanha foi o adversário, como a França fez conosco em 98.