A TV sem o Carioca fica mais triste. Mas passa amigo, vai passar.
Luiz Ceará
O cara batia um bolão. Craque como poucos que eu vi nestes 35 anos de profissão. Esteve ao meu lado muitos anos a fio, jogando muito. Me deu muitos gols feitos. Foi só empurrar. Eu virei artilheiro nas mãos dele.
O caráter e a dignidade eram suas maiores marcas.
E o profissionalismo.
E a alegria em trabalhar. E o sorriso. E a risada fácil.
É muito simples escrever sobre meu parceiro Carioca, o Papi, o Carica.
Homem de TV.
Esta noite que passou ele me deixou na mão, mas eu entendo. Era a hora dele.
Carioca e seu corpão e sua risada e sua categoria na hora da batata assar numa transmissão. Tudo isso a gente não vai ter mais aqui.
Fica a impressão, a saudade.
Meu consolo é saber que você não morreu, só passou pro lado que eu não me lembro bem como é. Já estive lá muitas vezes e você também amigão. Mas quando a gente encarna de novo para mais uma passagem, para progredir, ficar melhor, esquece tudo. É a lei que nos protege contra o que fizemos de mal em outras encarnações. A gente volta para ser melhor. Você foi melhor.
Carioca fez a parte dele e se foi. Apenas foi.
E tenho uma certeza aqui dentro. Foi recebido com amor e perdão.
Vai aprender mais meu caro. É assim que funciona. Agora é o aprendizado.
Um beijo carinhoso, Carica.