Luiz Ceara

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Edmundo, “O Animal”.
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Luiz Ceará

A vida é um eterno aprendizado. Quando Osmar Santos veio apresentar o Globo Esporte apelidou todos os repórteres. Kitty Balieiro, queridíssima amiga era a “Garotinha”. Luiz Andreoli o “Peixe”. Roberto Tomé o “Gauchinho”. E eu era o “Trepidante”. Osmar Santos apelidou uma geração inteira de gente ligada ao esporte. Era o jeito dele agradecer o dom que Deus lhe deu. Uma voz imbatíve,l mente brilhante e o coração generoso.

Osmar apelidou um cara mal educado com a maioria dos repórteres, brigão, irascível e craque com letra maiúscula. Edmundo, vida maluca fora de campo, dentro um cão chupando manga.

Virou o “Animal”.

Só tenho más recordações das minhas passagens com ele. Não é hora de falar disso agora. É hora de falar de como a vida muda pessoas e almas. Na África, durante a Copa do Mundo conversei com ele num jantar. E contei como o tratamento que ele me dispensou durante a carreira tinha me magoado. E falei mais. Que ele seria o melhor de todos os comentaristas ex-jogadores. ”Você tem carisma, imagem e sabe falar. Conhece a bola e não é crítico mordaz. Comenta e não afina. Você é o Animal”.

E mais ainda. Conhecendo Edmundo pessoalmente, trabalhando com ele, eu passei a admirá-lo e a respeitá-lo como pessoa. É um grande cara.

Ontem vi sua despedida do mundo da bola. Do Vasco. Ouvi o que ele disse. Emocionei-me com o valor que o torcedor dá a ele. Edmundo é ídolo do Vasco, amado. Edmundo é gente boa.

A vida é um grande aprendizado. Aprendi a gostar muito do Animal. Valeu craque e me desculpe por alguma coisa.

“Enquanto a Câmara dos Deputados aprovava a Lei Geral da Copa, e deixava aos governos estaduais a decisão sobre a venda de cerveja nos estádios, o Superior Tribunal de Justiça livrava de prisão quem recusar o bafômetro, praticamente sepultando a Lei Seca.” (Juca Kfouri)

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