O Guarani var enfrentar um fenômeno.
Luiz Ceará
Neste final de semana o Santos e o Guarani fazem um dos dois jogos da decisão do Paulistão.
Não é a decisão esperada pelos colegas corintianos de plantão, agora revoltadinhos. E é bom ficarem de olho no time na Libertadores. Tem jogo de volta, é bom não vacilar.Uma nova decepção estraga o ano inteiro.
Não é certamente a dos tricolores, metidos numa encrenca para acertar o chamado “animo” do time depois do fiasco do caso Paulo Miranda. Ação sem nexo, ridícula. Atitude de tresloucados, nunca de gente do padrão São Paulo.
Não é a decisão esperada pela FPF, que tirou mais uma vez na história do Paulistão um jogo no interior. Sei que o negócio da FPF não é futebol no sentido purista. Ela não protege os times do interior. O caso é de política e dinheiro, mas nessa hora Marco Pólo Del Nero bem que poderia mostrar o lado bacana que eu sei que ele tem. Conheço o advogado Marco Pólo há muitos anos. É habilidoso nestas horas. Não foi desta vez. Um pecado.
Mas a decisão é aquela que todo o interior de São Paulo sonha sempre. E sempre acreditou ano após ano. Um representante na final. Foi assim com Bragantino e Novorizontino, com a Inter de Limeira e algumas vezes com a Ponte Preta.
Agora vem o bugre que tem a mais dura missão de todos os interioranos na história. Porque enfrentar o Palmeiras na decisão contra a Ponte era possível. O Corinthians em 77 tinha um tremendo esquema atrás, moendo o sonho de um dos maiores times da história do Paulistão. Mas o Guarani…
Vai jogar dois jogos contra um time que é um fenômeno. Só entra em campo para vencer, marcar gols, fazer a diferença com habilidade e muita técnica. Marcar seu nome no mundo da bola. Um time para o qual tudo parece possível dentro de um campo. Magia, dribles desconcertantes, raça, gana. Um treinador que é o melhor do país.
É contra isso que o Guarani vai jogar. Contra tudo isso. E vai jogar.