José Maria Marin “meteu um louco”.
Luiz Ceará
José Maria Marin dá de dez a zero em disfarçar situações difíceis, em qualquer um de nós. O presidente da CBF é político experiente, matreiro e não chegou pra sentar naquela cadeira de alegre que é. Sentou porque esperou a hora certa.
Para os que pensam saber muito, ele deu um baile. E aqui não estou dizendo que ele é um cara certinho. Apenas que ele sabe dançar conforme a musica. Leva com ele bons treinadores, como o presidente da FPF Marco Polo Del Nero. Marin não deixou pergunta a ser respondida ontem na coletiva.
Em determinados momentos como diria meu filho Estevão, que hoje faz 23 anos, “meteu um louco”, expressão usada que significa o “migué” no futebol, ou para ficar bem claro o “ como? não entendi direito”, que o cara diz somente para pensar no que falar. Meu amigo Zeza Amaral contava histórias de abdução. Você perguntava se ele já tinha ido a Marte ou Plutão, qualquer planeta, e ele respondia: ”como?”. Aí ele estava pensando na resposta, que, invariavelmente era uma história inventada de vinte minutos. Marin é assim.
Por isso convidou a presidente do Flamengo para chefiar a delegação feminina nas Olimpíadas. Não é pra ela ir. É pra ser convidada. Se ela for, ele ganha. Mandou uma mulher dirigente, inovou. Se ela não for, o Flamengo é o culpado.
No futebol masculino é outra parada. Ele chamou o presidente da Federação Catarinense de Futebol Delfim Peixoto para ser o chefe da delegação. Neste caso, é para mostrar a Andrés Sanches quem tem a caneta na mão.
“Para Mano Menezes, que ainda não tem um time titular, ele mandou um recado ainda mais direto e até certo ponto, rude.” O futuro a Deus pertence.”
Na pratica isso quer dizer que se não ganhar o ouro está fora.