Muricy Ramalho é um treinador diferente. Não usa ternos caríssimos à beira do gramado. Não ostenta com sapatos e gravatas. Não usa fixador nos cabelos e nem uma armação de óculos para cada time, dando referência à cor da camisa do time que está treinado.

Muricy gosta dos mesmos amigos que cultiva há anos. Está no gramado treinando o time sempre ao lado do Táta, seu auxiliar. Cara maneiro e calado, mas um tremendo gozador o Táta.

Vi Muricy Ramalho jogar e o entrevistei muita vezes como jogador. Cabeludo, raçudo e técnico. Baita jogador como diria o filósofo Neto. E rápido, muito.

Depois da carreira encerrada dentro do gramado, Muricy veio beber da fonte de sabedoria Telê Santana. E Telê gostava muito dele porque ele sabia ouvir. Observava, perguntava,aprendia. E aprendeu principalmente a não mentir para seus dirigentes.
A ser rigoroso no que diz respeito a seus comandados na questão técnica
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No momento em que Muricy dispensou sete jogadores da base do Santos que haviam subido para o time principal, ele mostrou a que veio. Deu satisfação a seu patrão
.
Dos que subiram, apenas o lateral esquerdo Paulo Henrique, de 19 anos ficou.
Sabem por que os meninos não sobreviveram? Porque entre outras falhas na fabricação da base, não sabem passar a bola como gosta o treinador. Básico.

O exemplo de Muricy serve para uma reflexão.

Os treinadores de base dos clubes são suficientemente competentes para o cargo? Estão preparados?

Os jogadores da base do São Paulo, por exemplo, demonstraram ser exibicionistas e egocêntricos. Problemas com a fabricação errada.
Leão disse que os jogadores do São Paulo ficaram de olhos arregalados com o Hotel no CT de Cotia. Não está errado ter um Hotel como aquele na base. Está errado deixar os meninos acreditarem que todos vão desfrutar daquele luxo por onde passarem.

Esses foram apenas exemplos que estou dando aqui no Blog, para tentar refletir com os amigos.

O que é melhor para o futuro do jogador. Ter o luxo de Cotia ou a chatice do Muricy?
Os dois, eu acredito.

Mas isso não existe.