A noite de São Marcos. Para palmeirense chorar de alegria
Luiz Ceará
Não me interessei pelo resultado do jogo.
Queria sentir o clima, queria ver os caras jogares bola. Uma turma que realmente sabia o que fazer com ela.
O Palmeiras de 99 Campeão da Libertadores contra a seleção de 2002. Só fera. Rivaldo, o Fenômeno, Cafú, Roberto Carlos, Roque Junior, Juninho pela seleção se misturaram no gramado sagrado do Pacaembu com Cleber, Evair, Edmundo, Junior, Cesar Sampaio, Alex e Paulo Nunes pelo Verdão-99.
E Marcos, o santo da noite.
Eu queria ver a emoção e vi no momento em que Marcos fez 1 a 0 para o Palmeiras. Ele fez o que não queria. A juizona deu pênalti de Beletti em Edmundo, muito pênalti. Os jogadores foram até o gol de Marcos e o trouxeram à força para bater o penal contra Dida. Gentilmente Dida saiu antes para Marcos fazer o gol homenagem. A TV mostrou um menino tirando a camisa e balançando ela no ar. Parecia que ele tinha visto Marcos fazer seus milagres, que pela idade não viu. Senti-me recompensado. Tem muito amor no coração dos palmeirenses.
Marcos faz isso com o torcedor do Palmeiras. Faz ele se sentir como se o goleiro fosse da sua família, seu melhor amigo, seu parente. Marcos é assim.
No banco do Palmeiras uma lenda. Ademir da Guia. Que noite eu passei.