Chorei de alegria e tristeza, mas não dá para medir a tristeza.
Luiz Ceará
No esporte o importante é competir. Isso está correto.
Mas existe, porque é uma competição, um vitorioso e um derrotado.
São muitos os motivos que levam à derrota e à vitória. Não dá pra culpar atleta. Ninguém entra para perder, a não ser quem joga com os números para levar vantagem na frente como fizeram alguns atletas evidentemente orientados por seus comandantes. Feio, muito feio.
Hoje foi um dia de derrotas e vitórias para nossa gente em Londres. Foi dia de lágrimas. De profunda alegria e de tristeza. Não dá para medir a tristeza.
Em poucos minutos, questão de tempo que somente nós na terra mensuramos, chorei pregado no sofá de casa.
De tristeza pelo Diogo Silva, menino que eu conheci treinando com Mestre Tilico aqui em Campinas, que amo de paixão porque conheço, mas que vi perder a medalha de bronze do Taekwondo. Depois ele disse “sem medalha a gente volta pro buraco”, sabendo o significado de cada uma das letras desta sentença.
Chorei de nervoso por Emanuel e Alison, medalha certa que escapou por erros que eles não cometeriam jogando mais 10 vezes com os alemães. Mas 10 jogos, mais 10 vitórias, porque eles jogam muito mais que os caras. Um desperdício de prata.
Chorei pelas meninas do vôlei de quadra e de areia. Um bronze quente para aquecer aqueles dois corações de ouro. Para as meninas do Zé Roberto Guimarães ouro, ouro e ouro, que elas pela recuperação e ele pelo talento e amor pelo esporte mais que merecem.
E chorei de rir quando nosso cavaleiro Rodrigo Pessoa pediu 1, 2, 3, até 4 milhões para seu esporte. Comprar cavalos novos e coisa e tal. Me ajuda aí!!!