Luiz Ceara

Arquivo : Quarta-feira de Cinzas.

Anotações da quarta-feira de cinzas.Nada de ressaca, é pau puro.
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Luiz Ceará

Nesta quarta-feira de cinzas eu acordei cedíssimo, seis e meia, como sempre. Abracei minha árvore, falei com a natureza, orei pela oportunidade de mais um dia nesta Terra e comecei a ler jornais e assistir noticiários.

Wellington, moleque que me lembra Mineiro em tudo, pela simpatia, pela humildade e pelo grande futebol de guerreiro do meio campo estava chorando na foto do mestre Fernando Santos. Fiquei triste porque sei que ele vai ficar sem a Seleção Olímpica e vai para um o calvário de oito meses longe da grama sagrada de um campo de futebol.
Sorte moleque.

Vi a minha Mangueira passar e neste momento em que escrevo não sei se ela será a Campeã do Carnaval. A paradona da bateria foi de gelar o sangue pela dificuldade. Só a Mangueira.

Mas eu tenho que falar dos bonecos de barro do Mestre Vitalino que a Unidos da Tijuca levou para a Sapucaí. Que medo de tanta capacidade criativa do carnavalesco. Obra de Deus.

Quando leio Tostão na Folha meu dia fica melhor. Quanta sabedoria, delicadeza e generosidade. Ele não precisa da grande notícia nem do furo. Ele escreve sobre a alma da bola.

Hoje o Corinthians joga contra a Lusa. Pelo barulho, normal num grande clássico, o timão tem receio. Não medo, receio.Tem muitos desfalques. Jorginho bate forte no bumbo porque sabe a força que seu time tem. Não é mais a Barcelusa, mas é bocuda.

E Jorginho diz uma verdade do futebol. Boquita e Renato não podem jogar porque são jogadores do Timão. Impedidos por contrato. E Jorginho chia: “Os dirigentes tem medo. Se o jogador não serve para eles, têm de jogar contra. Se meu jogador não serviu aqui e jogar bem, eu é que sou burro”. Eu amo esse cara.

Pra encerrar, Elio Gaspari escreve sobre o contra fogo da durona Dilma ao tratamento de macaco de circo que os brasileiros tem recebido da meganha espanhola há anos, quando chegam aos Aeroportos da Espanha.

Medonho, desumano.

.Agora, a partir de Abril, aqui vai ser igualzinho. Que delícia. E sabem por quê? Porque nosso sangue vermelho é igual ao deles. Sangue igual, mesmo ser humano, tratamentos fraternos. Respeito.

Grande Hélio, que não conheço pessoalmente, mas de quem sou leitor amoroso e atencioso.


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