Luiz Ceara

Arquivo : Santos e Bolívar

Vingança é um prato que se come frio.
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Luiz Ceará

Foi bater em bêbado. Um massacre anunciado. Uma barbada. Pule de dez.

Diga o que você quiser, fale um numero de um a dez e vai acertar escolhendo qualquer um.

Está escrito que quem fere, com ferro será ferido. O Bolívar levou ferro em Santos. Se ferrou.

Foi fazer graça na altitude e tomou um samba lelê na Vila.

Com gol de letra, que delícia. O chamado chocolate.

O Bolívar é um timinho e nem achar Neymar em campo conseguiu. Foi carretilha, pedalada e o escambau!

Que gostoso.

A vingança, alguém já disse isso, é um prato que se come frio.

Um oito a zero, 8 a 0, isso aí. O Richard Loki me ligou da Faculdade assustado. “ “É verdade, Ceará”. É, é verdade.

Será que sobra para o Guarani no Domingo? Ainda tem alguma coisa que esse time não fez?

Tem sim, tem a sobra no Domingo. Quem viver verá.


Alô Bolívar, tem jogo na Vila. Sabia?
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Luiz Ceará

Vi o jogo, ou melhor, o que se passa quando uma equipe que está acostumada a jogar numa altitude de 3660 metros acima do nível do mar enfrenta outra que joga na altitude zero, na praia se me entende o amigo do Blog.

E fica depois de um jogo desses, a pergunta que não quer se calar nuca e que me acompanha nesses mais de 30 anos acompanhando futebol.

Porque Conmebol não toma uma atitude? Porque a esmagadora maioria das equipes de futebol ou mesmo as seleções nacionais dos países da América do Sul tem que jogar em La Paz?

Fui umas três vezes naquela cidade para acompanhar times de futebol e a seleção brasileira. Vi o Dr. Osmar de Oliveira passar mal por causa do ar rarefeito. Meu cinegrafista Javier “Bocão” Malavasi também não conseguia se locomover facilmente. José Carlos Araujo da Radio Globo do Rio de Janeiro não agüentava aquela loucura. E o goleiro Taffarel subiu no gramado para aquecer e vomitou no pé da trave.
Cruel, a altitude de La Paz é cruel.

O Santos perdeu, mas fez seu golzinho fora. Não acredito que o Bolívar tenha bola para o Santos lá na Vila. Mas isso é outra coisa. No jogo de ontem Neymar foi duramente cassado e levou bananadas e garrafadas. E outro objeto que logo foi retirado pelo gandula.

Uma vez em Assunção no Paraguai o Galvão Bueno me disse antes do jogo entre Brasil e Paraguai:” Ceará, cuidado com a boca do túnel, eles jogam de tudo em cima dos repórteres”. Acreditei e fiquei meio que esperto. Na saída da seleção eu fui junto, andando. Galvão me chamou: “A seleção está em campo. Ao lado dela o repórter Luiz Ceará”. Naquele momento eu estava com a camisa molhada por um banho de xixi vindo da arquibancada. E fiquei assim o jogo todo.

A Conmebol nunca fez nada e não vai fazer. O presidente é um ricaço de mais de oitenta anos sem ouvidos para esse tipo de reclamação. Nicolas Leoz não vai ouvir Muricy, muito menos o repórter Abel Neto da Globo, filho de Abel que jogou no Santos e um querido companheiro de trabalho que, na entrevista com Neymar também tomou sua garrafada.

O problema maior é que se na Vila cair um fio de cabelo no gramado a Conmebol vai falar em interdição. Mas o torcedor santista é malandro e sabe disso. E tem outra diferença. Na Vila, o Bolívar vai tomar um sacode YáYá.


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