Marcelinho Paraíba, moleque da segundona
Luiz Ceará
A Série B está eletrizante. Ou não? Aqui em Recife, o Sport de guerra, na Ilha do Retiro, espancou o Guarani num 3 a 1. Fácil? Não, foi uma difícil vitória consolidada no segundo tempo graças ao melhor time do Sport. E a Marcelinho Paraíba, uma sensação aos 36 anos. O moleque da segundona comandou seu time que está encostado nos líderes.
Portuguesa, Ponte, Americana e Náutico estão também numa tremenda saia justa lá na frente, diferença de um ou dois pontos. Um suspiro, um respiro e muda tudo.
O destaque é negativo. Nivaldo de Cillo, repórter da Band deu com exclusividade na tela que o Guarani está com três meses de salários atrasados. Uma lástima, prova maior que a incompetência da diretoria do Bugre é clara e cristalina. Fiquei sabendo que há alguns dias um garoto da base foi vendido ao grupo Sondas por 600 mil reais. Gostaria que os verdadeiros bugrinos tivessem acesso a esse contrato de venda. Cadê o contrato¿
Cena na Ilha do Retiro. Jogo entre Corínthias e Sport quando o timão tinha Neto e companhia. No banco de reservas o médico Joaquim Grava era chamado de tudo que é nome pelo torcedor do Sport. Filho da Tuta, vagabundo, safado. E ninguém sabia quem era o geraldino, quem era o cara, porque naquela época o Dr. Joaquim era mais jovem do que é hoje. Cara de boleiro, jeito de boleiro, meu querido amigo Joaquim Grava dava de ombros. Mas tinha sido operado do joelho. Estava legal, mas não tanto. Em determinado momento, um jogador caiu e ele, o Joaquim teve que dar um pique. Saiu mancando, coxo, uma vergonha, um pra lá e dois pra cá. Levou uma vaia e quando chegou ao banco ouviu de um torcedor: “Que cara de pau em aleijado!”. Irritadíssimo ele olhou, mirou no cara e partiu pra cima do alambrado. “Aleijado não!”. Graças a Deus não deu pra ele pular o alambrado.