Luiz Ceara

Tem uma “mancha negra” no ar. Atenção autoridades.

Luiz Ceará

O torcedor merece respeito.Sofre porque não tem onde “urinar” na maioria dos estádios sem se sentir ultrajado. Banheiro de estádio de futebol é porco, nojento, não serve nem para homem, muito menos para mulheres e crianças. Há exceções.

O torcedor sofre porque o ingresso é majorado quando o jogo vale alguma coisa, é enganado o tempo todo pelos dirigentes que ainda posam de grandes negociadores. Pobres coitados cheios de uma doença chamada megalomania.

O torcedor sofre porque o treinador é um enganador no geral, falastrão, medíocre na maioria das vezes. Tem gente boa como Muricy e Tite pra falar de dois. Há mais alguns.

O torcedor sofre porque os empresários em sua gigantesca maioria são picaretas e nem sabem o que estão fazendo na verdade. Erram mais que acertam a vida de jogadores.

Esses, mesmo com alguns se salvando são sem noção da realidade, já que vivem ou pensam viver num mundo que não existe. Só quando a bola acaba ou quando levam um tombo é que acordam.

O torcedor sofre porque parte da imprensa não age corretamente.Não investiga, faz fofoca.Não dá informação, agita.

O torcedor sofre porque além de tudo isso que eu disse acima, essa tremenda enganação, eles tem que aturar alguns arruaceiros no meio das organizadas.Então o que era para ser uma festa acaba sendo uma guerra.

No site da Mancha depois da derrota para a Portuguesa foi postada uma verdadeira “mancha”. Não verde, que eu conheci nos meados de 70, mas a negra dos dias de hoje. Um chamamento ao horror.

Menos mal que agora à tarde aqui em BH eu entrei de novo no espaço da Mancha e o mesmo torcedor se desculpou. Mas escreveu, postou, inflamou.O que se escreve e divulga, fica.

Esse torcedor precisa ser identificado, ou mesmo se identificar para ser ouvido. Ódio tem limite porque pode se tornar tragédia.

O futebol não agüentaria mais isso. Pobre torcedor do dia a dia. Apaixonado, traído e abandonado. Por todos, inclusive por gente das organizadas, que deveriam comandar a festa, mas que tem promovido o medo.

Me desculpem o mau jeito.