Bellini e Raquel na Copa de 94
Luiz Ceará
O dia estava calorento no 4 de Julho de 94 no Stanford Stadium em Palo Alto na Califórnia nos EUA. O Brasil ia jogar na Copa contra os EUA. Normalmente um jogo mole, ficou duro por que era 4 de Julho dia da Independência e lá os caras levam isso a sério.
Uma hora antes do jogo uma limousine foi ao Hotel onde estava hospedada Raquel. Ela havia sido presenteada com um ingresso do jogo pelo meu amigo querido J.Hawilla. A limo, transporte de bacana também era presente dele. Uma gentileza que não tem preço, gesto de amigo.
Chegando ao Stanford ela foi conduzida ao assento. Ao seu lado sentou um senhor com cara de sério, mas que ia se revelar dono de um grande sorriso e simpatia. Cara simplão mesmo, sotaque interiorano de Itapira. Ele se apresentou como Bellini.
Viu o jogo e abraçou Raquel no gol de Bebeto aos 27 minutos do segundo tempo, jogo duro em que o Brasil já havia perdido Leonardo, expulso, depois da cotovelada no gringo. Bellini nâo aprovou, fez cara feia.
A conversa foi de futebol e das cidades do interior depois que ele ficou sabendo que Raquel era de Campinas.A impressão que Bellini deixou foi de ser um homem simpático, educado e entendedor de futebol, porque explicava os lances para Raquel.
Quando o jogo acabou se despediu com um aperto de mão e um até logo. Educado e bonito em sua idade, segundo relato de Raquel.
Quando ela me falou do encontro, depois do jogo num almoço com amigos do SBT eu expliquei quem era Bellini. O capitão de 58, de um Brasil campeão com Garrrincha e Pelé. O inventor do gesto de levantar a Copa do Mundo do futebol acima da cabeça para mostrar de quem ela é.
Raquel, que viu Brasil e EUA ao lado de Bellini é minha mulher. Que inveja dela.