Luiz Ceara

Um abraço, até a próxima. E obrigado pela companhia.
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Luiz Ceará

Já estou por aqui há um bom tempo.

Feliz com seus comentários a favor e contra. Nunca menti neste espaço sagrado, até por que, nascemos assim, bons e honestos.

Mas nosso tempo aqui se acabou. Vou para uma nova experiência.

Agradeço a todos pela honrosa companhia.

Um grande abraço, Luiz Ceará.


Por que Henrique? Ele é a fonte
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UOL Esporte

Uma vez Dr. Paulo Machado de Carvalho, o Marechal da Vitória, me deu uma entrevista que era para o Fantástico. No intervalo, depois da gravação ele me contou que na final da Copa da Suécia, como o time de casa iria jogar com o uniforme titular, ou seja, camisa amarela e calções azuis,era óbvio que o Brasil teria de entrar de camisa azul. Como explicar para os jogadores, para que eles não pensassem que aquilo já era uma derrota antes do jogo começar?

Todo mundo sabe que futebol e superstição andam juntos. A mandinga corre solta e o elenco poderia ficar intranquilo. Dr. Paulo entrou no vestiário com as camisas azuis e a imagem de Nossa Senhora por cima. E disse que – “Sonhei com Aparecida e ela me disse para jogar com a camisa azul da cor do manto. E seremos campeões assim.” Dito e feito.

Seria Henrique um talismã de Felipão? O que teria vindo para dar sorte, apesar de ter nenhuma chance de jogar? Apesar de ser hoje o grande desencanto do torcedor? Você amigo do Blog queria Henrique de titular na sua seleção? Ou mesmo no banco?Claro que não. Ele veio para cumprir uma missão inglória. Vai ser o informante. Vai levar as informações do vestiário, as preocupações, as revoltas e os resmungos. Todo time tem um, o informante, que é chamado, e foi por Felipão,de “homem de confiança''.

Funciona? Tem menos moral por isso? Não. Toda repartição pública tem um, toda redação, todo hospital, escritório de advocacia, na Igreja e nos templos evangélicos, no Exército e na Marinha, também na Aeronáutica e no Google. Na Câmara dos Deputados, no Senado então… tem muitos.Todo mundo tem seu informante, que muitas vezes, nós jornalistas, docemente chamamos de “fonte”.


Intolerância, o mal da Terra
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Luiz Ceará

O Brasil é um país de desdentados e mendigos. Todos pelas ruas em um abandono total de quem deveria cuidar dos seus. Filhos abandonam seus pais, pais se distanciam de seus filhos e depois vão reencontrá-los nas ruas,e por aí vai. Gente sem emprego e sem esperança, drogrados misturados a criminosos. Vejo isso todos os dias.

E vejo numa camada onde deveria haver esperança, a intolerância. O mal da terra. A maldita intolerância.

Intolerância.Esta semana ela veio em forma de racismo,tratamento ao ser humano que se pratica à vontade no mundo antigo e no moderno. Aqui no Brasil, nascemos todos filhos de uma mistura de raças, mas com um forte sintoma de racismo. Somos brasileiros racistas. Ou não? Jogue o amigo a primeira pedra. Lutamos contra esse mal dentro de nós mesmos, isso também é verdade. E como. Muitos de nós progridem, estão em plena evolução.

E por isso não aceitamos o que se passou com Dani Alves e com no dono do Los Angeles Clippers, um vagabundo de nome Donald Sterling, que diz pra sua namorada dormir com negros e nem se importa com isso, mas ao mesmo tempo não quer vê-los por perto, os negros. Poderia ser com brancos ou marcianos, o cara é louco. Malaco profissional ele foi banido do esporte, tomou uma multa no bolso de US$2,5 milhões, e com certeza é corno. Tudo que um homem não quer.

O principal executivo da NBA,Adam Silver mostrou ao mundo da bola,digo ao futebol, como se aplica punição para quem pratica o racismo no esporte. Disse que racismo não tem espaço na NBA.Fritou seu Streling.
Fica a pergunta ao executivo chefe da FIFA, o seu Blatter. E no futebol, tem espaço ao racismo?


Um momento com Luciano do Valle
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Luiz Ceará

Quando deixei oficialmente da TV Globo saí do prédio da Praça Marechal sem chão. Arrasado. Ninguém sai da TV Globo. Eu saí triste e feliz. Tomei um ônibus para Campinas. Cheguei em casa duas horas depois.

Quando entrei na cozinha minha avó Josefa me disse com o sotaque espanhol carregado que ele tinha: “Negro (que é como ela me chamava carinhosamente) tem um telefone para você ligar. É de São Paulo, é um tal de Luciano. Disse pra você ligar urgente.”

Eu liguei e do outro lado “a voz” perguntou:” É verdade que você saiu da Globo? “. Eu respondi que sim e então ele me disse: “Você trabalha comigo a partir de amanhã aqui na Band”.

Essa é a dívida que eu tenho com Luciano do Valle. Ele não me deixou sem emprego mais de duas horas. Ele era assim mesmo.


É impossível para o árbitro competir com a tecnologia.
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Luiz Ceará

Fico pensando no que a imprensa, jogadores falastrões como o goleiro Felipe do Flamengo e o torcedor de um modo geral, disseram deste final de semana. Do que aconteceu nos estádios. A arbitragem levou a culpa por tudo. Faltou o linchamento.

Então eu quero aqui, publicamente, dizer que hoje, em lances capitais como o penalti do Ituano no jogador do Santos, o penalti não assinalado a favor do Atlético MG e até o escandaloso impedimento na bacia das almas no jogo entre o Vasco e o Flamengo tem defesa. Eu explico.

Um jogo normal com transmissão de TV tem 7 câmeras. Duas centrais para mostrar o jogo, uma atrás de cada gol, duas de impedimento e uma central, dentro do gramado para o que se chama de lance fechado, ou detalhe. Isso numa transmissão normal. Em jogos como os citados acima, podemos pensar e 12 a 20 câmeras. Tudo é gravado e todas as jogadas detalhadas ao extremo. Em todos os ângulos. No ar, cada lance pode ser repetido à axautão para que os comentaristas e analistas de arbitragem possam dizer com certeza o que aconteceu.

E o juizão? Correndo como loouco, tendo que ver tudo, e ainda contando com bandeiras ruins? Um ou outro bandeira ajuda,é competente, mas a maioria dorme. E os árbitros atrás dos gols? Não servem para nada, ou melhor servem sim, mas é para atrapalhar a visão dos repórteres e para confundir jogadores.

Gente, não dá para o juiz em um segundo, a dez ou menos metros do lance, acertar todos. Não dá para competir com a tecnologia.

To dando desculpa? Não estou falando uma verdade incontestável.


Doriva é o Simeone brasileiro
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Luiz Ceará

Apenas pra eu colocar a idéia de como estou vendo essa situação de momento do futebol brasileiro e nesse caso o paulista, e o mundial, aí, a Liga dos Campeões.

O Ituano de Doriva venceu o primeiro jogo das finais do Paulistão jogando mais e melhor que o Santos. Assustou o Peixe, deu nó tático, encurralou o time de Oswaldo de Oliveira, um treinador com um time melhor no papel e que está jogando mais o campeonato inteiro. Um poderoso ataque de uma molecada da base que é de matar, no bom sentido.

Doriva marcou o time da baixada até à exaustão, sem na verdade cansar tanto assim. E meteu um golaço, ou não?O Santos viu a bola, mas de relance, sempre tomada de seus jogadores e sempre escorregando na melhor jogada. Estava sem saber sair de uma marcação que anulou seus volantes e seus homens de criação.

Dez a zero para Doriva que montou o time à sua imagem, um volante marcador, quase meia e que nunca brincou em campo e nem sorriu para adversário. Um ex-jogador que sabe o gosto de ser campeão.

E Simeone, o argentino que como jogador é ídolo do mediano Atlético de Madri? O que ele fez? Bom, de cara deu moral a seus comandados, fez com que eles acreditassem no sonho de serem melhores que os melhores, neste caso Real Madri e Barcelona. Tava louco? Não.

Ele jogou contra uma máquina de fazer resultados, saiu na frente em Barcelona e acabou em Madri com um empate glorioso. Aí muita gente pensou como Oswaldo de Oliveira. O Santos não joga mal duas vezes, ou seja, o Barça vai matar o Atlético em casa, em Madri. Se ferrou o Tata Martino e pode se ferrar neste Domingo nosso Oswaldo.

O Atlético, dono de uma marcação impecável repetiu seu jogo de Barcelona e de sempre em casa e saiu na frente com 5 minutos. Marcou, marcou, roubou bolas, deu chutão – poucos – e saiu sempre perigosamente nos contra ataques.

Se o Santos não abrir o olho perde o título pára Doriva e seus caipiras de Itu, jogadores de fibra e ávidos de um lugar ao Sol no futebol brasileiro.

Tata Martino e sua máquina voltou para Barcelona com o rabo entre as pernas. Ele vai repensar seu time, quem sabe com uma pitada de humildade.

Na bola, vence que está melhor, não o melhor, mas quem está melhor. Como diria meu guru Renato ''Bico Fino'' Silva: barata viva não atravessa galinheiro.


Tata Martino com cara de Geraldo
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Luiz Ceará

Outro dia defendi aqui que Geraldo “Tata'' Martino que muita gente acha incompetente, está,na verdade, montando seu time. E nele, Neymar joga pela direita. Ele está certo? Para ele sim, mas para os que viram Neymar jogar até esta data, não. O jogador rende mais pela esquerda.

Muitos apostam que ele faria uma bela parceria com Iniesta por aquele lado do campo.

Tata Martino achava que não. Até o jogo contra o Atlético de Madri. Na verdade, ele já desconfiava de seu erro tático.
No jogo contra o Atlético de Madri, que joga muito e é um time certo, de toque de bola refinado e duro na marcação o Barcelona estava paralisado no que de melhor sabe fazer.
Tocar a bola, enrolar, mascar o jogo e engolir o adversário. Tava muito bem marcado e ponto final. O Atlético de Madri jogava mais em pleno Camp Nou.
O Barcelona tomou um golaço de Diego que jogava na frente do treinador da seleção, nosso Felipão.
O Barça ficou paralisado, sem saída, assustado. Jogava errado? Não. Então nosso Tata pensou em como entrar na defesa deles. Surpreender, empatar? Vencer?
Tata Martino, tremendo migué, malandro que é na bola, fez o que o povão já sabia de velho. Botou Neymar na posição onde ele rende mais, tem espaço, gosta e deita e rola se me entende o amigo. Do lado esquerdo, com Iniesta vindo por trás, olhando e criando o jogo.
Deu no que deu. Neymar se enfiou e recebeu uma pintura de passe de Iniesta. Seguro,Iniesta meteu a bola como se estivesse jogando bilhar. Medida certa, entre os zagueiros. Bola que o craque que é craque não perde. Mete o gol, sai pra galera, olha para o cara que deu o passe e bate palmas.
Foi o que ele fez.
E o Tata? Ficou com cara de bobo, é claro. Cara de Geraldo.


Na abertura da Copa, brasileiros trabalham de graça.
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Luiz Ceará

Outro dia me perguntaram sobre a bertura da Copa. Eu não soube responder. Pois então vamos lá.
Dia 12 de Junho no Itaquerão a festa de abertura terá 25 minutos e a participação de pelo menos 1200 pessoas entre gente dos bastidores,coreógrafos e voluntários. Na verdade, 60% desses 1200 serão voluntários, ou seja, não vão levar nenhunzinho pro café.Eles foram recrutados em escolas de dança, circos e ONGs. Dos coreógrafos, 90% são brasileiros, mas as cabeças vem de fora.

A festa de abertura terá iconografia inspirada na flora brasileira e as danças serão, claro, o samba,frevo, capoeira, danças gauchas e o Carnaval. Alguém tinha duvida disso?

Bom,no final ainda vamos ouvir a musica We Are One, interpretada por Jennifer Lopez, Claudia Leite e pelo rapper gringo Pitbull. Essas informações são do CEO da Team Spirit, empresa contratada pelo Comitê Organizador Local da FIFA.
É bom lembrar que a concepção da festa foi do escritório italiano de Franco Dragone, que foi diretor artístico do Cirque du Soleil por cino anos. E é aí que eu vou entrar de sola.

Por acaso ninguém aqui no país é competente o suifiente par organizar essa festa, diga-se bem menor que um desfile de Carnaval ou do evento magnífico que é dos Bois Bumbás de Parintins?

Outra coisa. O voluntáriado, a macacada brasileira que vai trabalhar de graça precisa saber que na Copa da Alemanha, por exemplo,cada participante recebia por ensaio 200 euros, ou R$ 654. Aqui ficou tudo no peito.

Nossa festa de abertura foi concebida por um italiano e nossos prfissionais de dança, circo e bailarinos vão dar lucro para a FIFA que não vai entrar com nenhum.
Mas, o que mais me intriga é saber que não vejo ninguém falar sobre isso,ou melhor, a Folha de S.Paulo falou, dia 14 de março. E foi só.

To secando a festa? Não, mas fica o registro de mais uma “espertalhada'' pra cima da gente.


Bellini e Raquel na Copa de 94
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Luiz Ceará

O dia estava calorento no 4 de Julho de 94 no Stanford Stadium em Palo Alto na Califórnia nos EUA. O Brasil ia jogar na Copa contra os EUA. Normalmente um jogo mole, ficou duro por que era 4 de Julho dia da Independência e lá os caras levam isso a sério.

Uma hora antes do jogo uma limousine foi ao Hotel onde estava hospedada Raquel. Ela havia sido presenteada com um ingresso do jogo pelo meu amigo querido J.Hawilla. A limo, transporte de bacana também era presente dele. Uma gentileza que não tem preço, gesto de amigo.
Chegando ao Stanford ela foi conduzida ao assento. Ao seu lado sentou um senhor com cara de sério, mas que ia se revelar dono de um grande sorriso e simpatia. Cara simplão mesmo, sotaque interiorano de Itapira. Ele se apresentou como Bellini.

Viu o jogo e abraçou Raquel no gol de Bebeto aos 27 minutos do segundo tempo, jogo duro em que o Brasil já havia perdido Leonardo, expulso, depois da cotovelada no gringo. Bellini nâo aprovou, fez cara feia.
A conversa foi de futebol e das cidades do interior depois que ele ficou sabendo que Raquel era de Campinas.A impressão que Bellini deixou foi de ser um homem simpático, educado e entendedor de futebol, porque explicava os lances para Raquel.
Quando o jogo acabou se despediu com um aperto de mão e um até logo. Educado e bonito em sua idade, segundo relato de Raquel.

Quando ela me falou do encontro, depois do jogo num almoço com amigos do SBT eu expliquei quem era Bellini. O capitão de 58, de um Brasil campeão com Garrrincha e Pelé. O inventor do gesto de levantar a Copa do Mundo do futebol acima da cabeça para mostrar de quem ela é.
Raquel, que viu Brasil e EUA ao lado de Bellini é minha mulher. Que inveja dela.


A choradeira da imprensa corintiana.
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Luiz Ceará

Legal na minha idade ler e ouvir companheiros de imprensa, na mesma faixa etária que eu,cometerem os mesmos desatinos de sempre quando seu time fica de fora de algo importante. Neste caso, a choradeira é pelo Timão.
Ouvi e li que o Timão não poderia ter perdido ou empatado com equipes menores,times pequenos, sem tradição. times como a Ponte Preta, Penapolense, o
Bragantino, Mogi Mirim e por aí vai a lágrima dos perdedores fanáticos.
É preciso dizer que o Coritnhians em nenhum momento deste Campeonato Paulista jogou sozinho em campo. Sempre havia 11 jogadores do outro lado. Básico.
E mais, nunca neste Campeonato jogou como o Corinthians, mas sempre como time pequeno, sem uma armação tatica suficiente para mandar nos jogos. O time está velho, não com jogadores velhos, mas com atletas que já venceram tudo e por isso mesmo sem a motivação suficiente para buscar mais. Aí entra a frase do zagueiro Gil que disse que “faltou agressividade e um pouco mais de vontade de fazer o gol”.
O São Paulo entregou?
Não vem ao caso, porque o Coritnhians também não venceu um time que a imprensa corintiana chama de pequeno.
O futebol mudou e os caras não estão acompanhando.