Bandeirantes, a rodovia da vergonha.
Luiz Ceará
A Rodovia dos Bandeirantes, no trecho entre Campinas e São Paulo é uma área de manutenção que nunca acaba. Desde o dia em que a Bandeirantes foi inaugurada, não pararam mais as obras de manutenção da pista.
Dizem os funcionários das empreiteiras que muitas vezes eles não sabem por que acabam de refazer um trecho e já, em seguida, iniciam a manutenção do mesmo. Nunca, nestes anos em que venho todos os dias para São Paulo, e volto, viajei tranqüilo, sem parar pelo menos por meia hora porque existem obras na pista. Obras que nunca terminam. Obras e mais obras.
Não sou eu quem diz, até porque não sou engenheiro de estrada ou coisa parecida. Mas eu enxergo e tenho vergonha do que enxergo. Filas de cinco, dez quilômetros todos os dias. Trabalhador que vem a São Paulo e chega atrasado todos os dias.
Será que a indústria do asfalto é tão miserável que não tem pena dessa gente toda?
O dinheiro que se tem que repassar a essa gente vale a desgraça diária de tantos?
Não fosse tudo isso, ainda tem o pedágio. Uma roubalheira que o novo Governador do Estado de São Paulo disse que acabaria quando ele fosse eleito. Não ouço nosso Alckmin falar sobre o assunto, nem tocar nele de leve. Promessa não cumprida.
A pergunta que fica é: porque não há recapeamento diário e durante todo o tempo na Rodovia Anhanguera e nas outras rodovias de São Paulo, para ficarmos somente no nosso Estado?Por que só na Bandeirantes?
Triste palhaço esse que viaja todo dia com o eu.