Marcelo Goldfarb é só um produto da bola.
Luiz Ceará
A história do jovem empresário Marcelo Goldfarb que postou na internet comentários sobre a contratação de seu jogador, o centroavante Rodrigo Bueno do Palmeiras começa do este comentário no Facebook. ''Longe de mim boicotar o Palmeiras. Descartei o Douglas lá, porque tenho outros planos para a carreira dele. A idéia, por enquanto, é mantê-lo em clube grande. Quando ele chegar aos 35, 36 anos, aí sim começo a pensar em algo como Guarani, Palmeiras, Noroeste e etc”.
Ele insinuou ainda que Rodrigo Bueno deveria marcar somente quando o Palmeiras estivesse perdendo o jogo, já no final.
Hoje comentamos este fato no Jogo Aberto e também no São Paulo Acontece.
Claro que Goldfarb foi criticado pela maioria, menos por mim.
E é simples a explicação. Primeiro saquei logo de cara que só poderia ser uma brincadeira entre amigos, porque conheço o cara e sei que é um moleque do bem. E segundo porque um empresário não seria burro o suficiente para fazer uma imbecilidade dessas com sua carreira, que está ainda no inicio. Ele tem apenas dois ou três jogadores de alto nível. A maioria é pé de rato, como diz o Neto. Entra no bolo pra fazer algum dinheiro.
Empresários trabalham assim mesmo.
O problema é mais embaixo. A culpa dessa situação é, primeiro, da liberdade que as pessoas acham que tem na Internet. Não temos, somos o tempo inteiro vigiados. Você escreve e todo mundo lê.
Segundo porque o clube tem diretores acostumados a não fazer nada além de atender telefone. Os jogadores são oferecidos às pencas. Qualquer ser humano, inteligente como Goldfarb ou imbecíl como a maioria dos empresários da bola, liga e liga e oferece e oferece. Os diretores estufam o peito e dizem pra eles mesmos, do alto de seu egocentrismo, “Eu sou demais. Atendi dez caras que querem me vender fulano. Mas eu quero cicrano. Bom… vamos ver”. E quando o negócio sai, é com dinheiro do clube. Uma contratação boa ou uma péssima, mas sempre com dinheiro do clube.
Qualquer empresário liga para qualquer diretor. É um ciclo sem fim, sinal dos novos tempos do futebol.
O caso é pequeno se formos ver o tamanho da lama podre que rola por baixo das negociações que envolvem a bola.
Goldfarb sabe disso e os diretores, todos também.
Fato antigo.