Luxemburgo chegou ao fim do túnel
Luiz Ceará
Quando Luxemburgo dirigia o Bragantino era um cara simples, meio caipira carioca, o que tinha vindo do subúrbio, aquele ex-jogador que tinha freqüentado grande times como flamengo e Inter de Porto Alegre, mas que nunca havia sido chamado de craque. E não foi mesmo.
Ele se tornou Campeão Paulista. Eu estava lá naquele dia, por isso estou dizendo que ele era um cara simples e trabalhador.Treinador brilhante e cheio de planos.Queria dirigir o Flamengo, clube do coração.Antes veio o Palmeiras e sua parceria com Robério de Ogun, que é meio querido amigo e que muito ajudou Luxa na parte espiritual. De ter paz para trabalhar, tranqüilidade. Robério dizia que roupas ele tinha que usar nos jogos e fazia oração para proteger o uniforme do time. A parceria com Robério mais o dinheiro da Parmalat fizeram do Luxa um campeão. E aí ele mudou de vida. Virou empresário, gastou dinheiro pra valer jogando pôquer e entrando em negócios como casas noturnas. Tudo deu errado, e é explicável, porque ele não é do ramo. Dirigiu e foi campeão em muitas equipes e chegou á Seleção Brasileira como o dono da verdade. Quebrou a cara porque achou que sabia mais que o saber.
Foi avisado por amigos, sempre, de que sua rota não era a que ia dar certo na vida da bola. Nunca ouviu ninguém a não se ele mesmo.
Depois de Palmeiras e Atlético Mineiro, onde foi demitido e nada fez de bom dentro de campo, ele deixou o Santos quando o vencedor Luiz Álvaro chegou.
No Flamengo ele chegou ao fim do túnel. Está demitido do Flamengo de forma lamentável. Todo o time sabia o que ia acontecer. Ele desconfiava. E acabou caindo.
Na primeira vez que caiu no Flamengo, o desafeto era Romário. Desta vez foi Ronaldinho. Luxemburgo precisa de duas coisas nesta vida para dar a volta por cima.
Primeiro se reciclar. Segundo arrumar briga com gente menor que ele.