RicardoTeixeira é durão, a rapadura é doce e a cadeira tem goma.
Luiz Ceará
Num determinado dia do Apito Final da Band na época em que Luciano do Valle apresentava o programa, eu ouvi a notícia e não entendi no primeiro momento.
Luciano fala do então genro Havelange estava lançando como nome para a presidência da CBF. Um cara novo, moderno. Ele apareceu sorrindo na reportagem.
Lembro-me de Luciano informar que ele não entendia de futebol, mas representava o novo. Foi assim que Ricardo Teixeira entrou na minha vida de jornalista esportivo.
E me lembro de outras coisas. Da forma como ele pressionou a Bandeirantes na demissão de Juarez Soares.De como ele olhava para nós repórteres.
De quando ele me levou pessoalmente para ver o equipamento que ele trouxera dos EUA para sua casa de Chope no Jóquei do Rio de Janeiro.
E me lembro ainda de tudo o que ele fez com sua vida à frente da CBF, devidamente denunciado e documentado pelos jornalistas.
Ricardo Teixeira se jogou no vão livre da miséria humana sem medo de nada.
Sem dar um único chute na redondinha e sem entender nadica de bola, foi o 18º presidente da CBF, e durante sua gestão as seleções nacionais de todos os níveis conquistaram 11 títulos mundiais e 27 sul-americanos.
O cara é durão, a rapadura é doce e a cadeira tem goma. Ele só sai se estiver “cagando para a CBF”, expressão que saiu da boca dele, não da minha.
RT é interminável,