Andrés, o diretor de seleções que fala demais.
Luiz Ceará
“O Santos tem melhor time, melhor jogador, tem 3 atletas acima da média. O Santos tem também o melhor treinador, o melhor presidente”.
Quem disse isso foi Andrés Sanches o diretor de seleções da CBF. Até aí seria uma frase esquisita em se tratando da pessoa que tem o cargo que tem.
Mas Andrés foi também presidente do Corinthians até o ano passado e depois de sair do cargo pelo tempo de serviço ganhou de presente de seu parceiro e amigo pessoal Ricardo Teixeira o cargo mais importante de um diretor de qualquer coisa neste país da bola. Diretor de seleções da CBF, o cara que manda tirar e por. O cara que manda no treinador da mais importante seleção de futebol do planeta. Pelo menos ela era. O cara que pode e faz olhos de quem não quer ver sobre as negociatas de jogadores por empresários dentro da seleção. O empresário de Mano Menezes deita e rola, dizem.
Mas que está em situação difícil neste momento, porque o atual presidente não gosta dele. Nem Marin e nem o segundo de Marin, Marco Pólo Del Nero. E, dizem, se a seleção não for bem na Olimpíada, ele cai junto com Mano. Se for bem e conquistar o ouro, dizem, ele cai com Mano porque fizeram o melhor pelo o país.
Irritado e preocupado de seu futuro Andrés fez o que não devia. Como se ainda fosse presidente do Timão, o que não é mais, entrou em atrito verbal com o presidente do Santos Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro. Que, aliás, também perdeu a compostura depois de seu time tomar um coro do Timão na Vila.
O que absolutamente não gosta de fazer, Andrés, que quem uma excelente assessoria de imprensa veio a público em entrevistas em programas de rádio e TV para parecer simpático. E falou o que falou. Errou de novo.
Andrés precisa aprender a falar menos e ouvir mais. É o cargo dele que exige isso.