O Palmeiras não precisa de um grande nome. Tem que ter orgulho da camisa e vergonha na cara. Essa é a receita.
Luiz Ceará
“Os jogadores podem tirar o Palmeiras da crise. Somente eles”.
A frase foi dita várias vezes ontem à noite num evento para torcedores do Palmeiras no Pacaembu. Torcedores fanáticos e VIPs do Banco Santander. Todos Palmeirenses. Por coincidência aconteceu no dia em que Felipão saiu, ou saíram com ele.
A frase é uma mistura do pensamento desses sofredores, mas amorosos torcedores. Saudosos seria mais correto. Do evento participaram Antonio Carlos e Cléber uma das maiores duplas de área do Palmeiras em todos os tempos. E o que era para ser uma festa de recordações virou um emocionado ato de amor à camisa verde do Palestra.
Antonio Carlos e Cléber também deram sua receita para a crise.
“Na hora em que batata assa nós temos que nos reunir no vestiário e tocar um acerto. Pode ser na porrada e na cobrança. É hora de vergonha na cara. De se unir em torno da idéia de não cair, de jogar o que se sabe. O Palmeiras não é pior que 15 dos 20 clubes que disputam a competição, senão não teria sido Campeão da Copa do Brasil há pouco mais de dois meses. Tem que ter comprometimento com a carreira de jogador, com sua profissão, com seu salário. Amor pela profissão e pelo clube que te paga. Honrar a camisa como nós fizemos”.
Eu disse aqui que o Palmeiras não cai. E não vai cair, se os atletas fizerem pelo menos um pouco do que disseram acima Antonio Carlos e Cléber.
Concordo com eles em mais um ponto.
“O que menos é necessário hoje é um treinador de nome.O que mais vai valer é a vergonha de cair com uma camisa como essa. É o jogador que joga, não o técnico. A redenção do Palmeiras não passa por um nome famoso que venha substituir Felipão, passa pelo poder de reação dos homes que entram em campo”, finalizaram os ex-jogadores.
Concordo e assino embaixo.