Encontro com Serginho Chulapa e Aílton Lira.Só alegria e histórias da bola.
Luiz Ceará
Ontem estive num evento com Serginho Chulapa e Ailton Lira. Eu entrevistei os dois para uma platéia de executivos torcedores do Peixe.
Serginho e Aílton Lira.Um chamava a bola de meu amor, ela ia onde ele mandava. Jogador raro, raça pura dos batedores de falta.O outro era matador. O maior artilheiro da história do São Paulo com 243 gols em 401 jogos, e no Santos marcou 104 vezes. O cara sabia o fazer na “zona do agrião”.
Foram boas as histórias, saborosas pra quem estava lá, ouvindo e participando.
Aílton Lira contou que o técnico Chico Formiga inteligente e jeito mineiro de ser foi chamado de louco quando colocou ele e Pita no mesmo time, dois meias de armação, dois canhotos, somente com Clodoaldo como volante. No ataque Nilton Batata, Juary e João Paulo. Eram os Meninos da Vila, time Campeão Paulista de 78.
Ele disse que Formiga estava tão certo que muitas vezes Clodoaldo dizia:” vão os dois para o ataque que aqui vocês me atrapalham”, se referindo à marcação. Eram outros tempos, de um futebol maravilhoso. Hoje qualquer time tem dois volantes e dois meias que sabem defender e atacar.
Serginho falou que em 77, se pudesse voltar o tempo não teria chutado a canela do bandeira Vandevaldo Rangel no jogo em Ribeirão Preto contra o Botafogo.
Pegou 14 meses de suspensão e cumpriu 11. Ficou fora da Copa de 78. Mas aí vem o espírito de brincalhão, de um cara alegre, que o acompanhou na vida até hoje. Alguém perguntou: “Você se arrependeu mesmo?”
E Serginho respondeu com o sorriso escancarado:” Muito. Se soubesse que ficaria fora da Copa pelo bico na canela teria dado um coro no bandeira”.
Coisas e histórias saborosas da bola. Feliz sexta-feira a todos. Vamos comemorar a chuva.