Preparei um vídeo bacana, mas fora dos padrões do UOL. Não deu para publicar. Sou ruim dessas coisas modernas. Pareço um dinossauro.

A vida é assim mesmo. A gente tem que ser moderno, usar e-mail em vez de mensagem pelo correio. A velha e boa carta escrita e reescrita acabou.

No mundo da bola é assim também. Havia Maradona, Zidane. Hoje tem Messi.

Veloz, matreiro, duro na queda, matador. O melhor do mundo dentro de campo. Fora dele um cara que mais parece funcionário publico que à noite faz faculdade. Cara comum. Esse é seu charme. Ser um “gênio comum”. É o melhor do mundo.

Neymar é o moderno. Cabelo que parece uma crista de galo, mulhequeiras nos pulsos e calção meio que caído, aparecendo a sunga. Meia puxada até a coxa, acima dos joelhos, que parece meia de mulher. Coisa moderna. Brincos também. E… muita exposição. Mídia até o pescoço. E bola. Muita bola. Um futebol tão voraz que encanta ao mesmo tempo que confunde. Vai ser em breve o melhor do mundo. Vai ser mais que Messi. Joga mais que Messi. E não precisa de cabelo, calção, munhequeiras, brincos e exposição na mídia. Ele só precisa da bola.

E tem espaço aqui para Gilson Kleina. O cara que pegou um time de perdedores, jogadores acabados moralmente, assustados. Jogadores fora de forma física. Um pra cada lado. Juntou o grupo, fez os caras entenderem o que é jogar no Palmeiras. O tamanho e o valor da camisa verde. Colocou os caras no lugar. Deu moral, mostrou o espaço de cada um. Trouxe meninos da base que já estavam lá, mas que não eram vistos e nem notados por Felipão. Hoje valem ouro. E mostrou que taticamente dava pra ser um time de futebol competitivo.

O resultado disso foi uma revolução.Não deu tempo de ser feliz. O Palmeiras vai cair, mas vai cair de pé, inteiro, valoroso e guerreiro. O Palmeiras tem moral de time vencedor que sabe que hoje a bola não quer entrar, mas que ela vai em direção ao gol. Time sem medo. Um novo Palmeiras.

Tudo obra de um competente profissional da bola e sua equipe de trabalho. Gilson Kleina, ou Gilson “Magic” Kleina.