O São Paulo não precisa de bois de piranha
Luiz Ceará
Quando tem piranha no rio, o boiadeiro escolhe um boi doente e coloca na frente da boiada,logo baixo, a favor da correnteza. O cardume desce o rio e devora o boi.Enquanto isso a boiada passa livre.
Zagueiros João Filipe e Luiz Eduardo, laterais-esquerdos Cortez e Henrique Miranda, o volante Fabrício, o meia Cañete e o atacante Wallyson.
Esses são os bois de piranha do São Paulo. Estão fora do elenco. Ou jogaram pouco ou se contundiram demais como Fabrício e Cañete. De qualquer forma uma triste decisão da diretoria. Pouco eficiente modificação de um quadro que não deu certo.
Rogério Ceni poderia mudar esse quadro pela moral que tem no clube, Lucio que já foi capitão da seleção também, além de outras pequenas lideranças. Mas não o fizeram. Ou por concordarem ou por omissão.
A diretoria sabe que Ney Franco não é mais o preferido dos jogadores, confrontado que é em público. Quando ele tira um jogador que não aprova a substituição, o cara faz cara feia e o desgaste chegou ao ponto de Lucio sair do jogo, ir para o vestiário e em seguida para o ônibus. Feio, uma várzea. Aliás, na várzea isso não acontece. Lá há mais moral.
A diretoria do São Paulo está mais perdida que cego em tiroteio. Bem feito para quem votou nela, por uma continuidade que está sendo discutida na justiça.
O São Paulo é enorme, vitorioso e tem uma torcida cada vez maior. Mas seus atuais dirigentes estão ultrapassados. O Tricolor merece respirar.
O São Paulo não precisa de bois de piranha.