Luiz Ceara

Depois dizem que o Paulistão é chato.
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Luiz Ceará

É impossível afirmar quem vence hoje. Santos ou Guarani?

Mas é provável que o Santos vença.

Para o Bugre vencer tem que acontecer 2 coisas.

O Guarani estar numa tarde única, jogando muito, marcando Neymar e Ganso perfeitamente, e na frente tudo dando certo.

Ao mesmo tempo Neymar tem que estar numa tarde ruim, daquelas para não lembrar.

Não podemos esquecer que mesmo que o Guarani tenha chegado pelos méritos de seu time e de sua comissão técnica, vai ter pela frente um time que quer ser Tri Estadual, num ano especial para eles.

Acordei elétrico e não vejo a hora do jogo começar. Futebol faz isso com a gente. Depois diz que o Paulistão é chato.

Tags : Santos


O Guarani var enfrentar um fenômeno.
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Luiz Ceará

Neste final de semana o Santos e o Guarani fazem um dos dois jogos da decisão do Paulistão.

Não é a decisão esperada pelos colegas corintianos de plantão, agora revoltadinhos. E é bom ficarem de olho no time na Libertadores. Tem jogo de volta, é bom não vacilar.Uma nova decepção estraga o ano inteiro.

Não é certamente a dos tricolores, metidos numa encrenca para acertar o chamado “animo” do time depois do fiasco do caso Paulo Miranda. Ação sem nexo, ridícula. Atitude de tresloucados, nunca de gente do padrão São Paulo.

Não é a decisão esperada pela FPF, que tirou mais uma vez na história do Paulistão um jogo no interior. Sei que o negócio da FPF não é futebol no sentido purista. Ela não protege os times do interior. O caso é de política e dinheiro, mas nessa hora Marco Pólo Del Nero bem que poderia mostrar o lado bacana que eu sei que ele tem. Conheço o advogado Marco Pólo há muitos anos. É habilidoso nestas horas. Não foi desta vez. Um pecado.

Mas a decisão é aquela que todo o interior de São Paulo sonha sempre. E sempre acreditou ano após ano. Um representante na final. Foi assim com Bragantino e Novorizontino, com a Inter de Limeira e algumas vezes com a Ponte Preta.

Agora vem o bugre que tem a mais dura missão de todos os interioranos na história. Porque enfrentar o Palmeiras na decisão contra a Ponte era possível. O Corinthians em 77 tinha um tremendo esquema atrás, moendo o sonho de um dos maiores times da história do Paulistão. Mas o Guarani…

Vai jogar dois jogos contra um time que é um fenômeno. Só entra em campo para vencer, marcar gols, fazer a diferença com habilidade e muita técnica. Marcar seu nome no mundo da bola. Um time para o qual tudo parece possível dentro de um campo. Magia, dribles desconcertantes, raça, gana. Um treinador que é o melhor do país.

É contra isso que o Guarani vai jogar. Contra tudo isso. E vai jogar.


A diretoria do São Paulo errou e perdeu. Pode perder mais.
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Luiz Ceará

Conversei com um jogador da Ponte Preta que falou com outro do São Paulo durante o tempo em que ficaram em campo. Não sei se antes ou depois do jogo.

Ele perguntou como estava o caso do Paulo Miranda. O jogador do São Paulo disse que o grupo ficou abalado. Que Leão ficou muito nervoso e agitado.

Pelo tempo na lida eu entendo que: Leão foi passado pra trás, traído pelos diretores do São Paulo. Desrespeitado. Em outra época teria pedido o boné, se não o fizer nas próximas horas. Perdeu.

Paulo Miranda estava na concentração e no meio da tarde foi sacado pela diretoria. Estava fora do jogo e a partir de um ato desses, castigado e humilhado pelos donos do time. Uma tremenda baixaria, longe de ser uma atitude forte e digna.

Os diretores de futebol do São Paulo perderam o controle do barco. Talvez tenha sido do tombo que o diretor Adalberto levou quando tomou um rapa do Dinho no jogo amistoso entre amigos de Raí e do Careca em Ilhabela. Caiu de costas, bateu a cabeça no chão e pagou mico. Não era para se vingar no Paulo Miranda.

O fato é que o ato está errado num contexto para o futuro imediato de um time caro e neste momento incompetente. O time não jogou o que pode e sabe, e os jogadores não discutem isso.

O São Paulo precisa reverter ou cai numa armadilha construída pelo chilique e destempero de sua diretoria de futebol. O São Paulo perdeu.

O penalti em Luiz Fabiano foi claro.

 

Tags : São Paulo


O cara de nome Gilson Ribeiro. Salve.
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Luiz Ceará

Gilson Ribeiro é jornalista. É meu amigo de muitos anos. Desde a época de PUC em Campinas. Depois trabalhamos na Globo em São Paulo e na Band de Luciano do Valle, outra época. Paulinho Matiussi era nosso chefe/guru e taxava seus repórteres. Eu era o “cachorro de caça”, o que corre atrás até conseguir. Gilson era “o texto”, o melhor de nós todos.

 

Gilson Ribeiro escreve todos os dias no Face e eu leio com atenção e carinho. Ele sempre sabe do que está falando. Crítico desta vida difícil que levamos, um namorado da Lua. Cruel com o que existe de mal no mundo e com quem tem como exercício fazê-lo. Gilson Ribeiro é gente do bem, amado pelos amigos que deixou na lida da notícia. Um ouvinte da boa musica como se musico fosse.

 

Eu perguntei se poderia publicar no meu Blog aqui no UOL um texto dele, que eu escolhesse. Ele me respondeu que sim e fez algumas ressalvas. Eu respeitei todos os pedidos dele aqui.

 

Sei que ele sempre foi um corintiano como se deve ser corintiano, e por isso hoje publico o texto que ele já publicou no Face esta manhã.

 

Esta é uma homenagem de um amigo que sente saudade do outro. Do que fizemos nesta vida. Um beijo querido amigo.

 

Texto de Gilson Ribeiro

De boa: já comentei várias vezes que raramente palpito sobre futebol aqui. Por vários motivos. Desta vez, como chamam, um piteco! MAIS UMA VEZ UM SOFRIMENTO! Ninguém, absolutamente ninguém, faz uma vaga idéia do ser ensandecido e transtornado que me tornei enquanto corintiano depois que deixei de exercer a reportagem esportiva depois de 30 anos. Daria uma crônica interessante, acho eu. MAS O QUE GOSTARIA DE COMENTAR LEVEMENTE, É QUE SOUBE DE OUTROS RESULTADOS SÓ AQUI! Mesmo vendo o jogo, não escuto nada! Não tenho a mínima vontade, enquanto torcedor, comentar resultados outros. Enfim declaro: o resultado do Corinthians, diante das circunstâncias, foi bom sim! Mais uma vez um futebolzinho bonitinho, mas ordinário! De resultado! Deve se classificar!!! Estou, ao menos, sem querer enfiar a cabeça na latrina, caso tivesse perdido. E acredito, sou Ogum! Até no titulo da Libertadores, ainda que sendo, pulando e chorando, declararei: futebolzinho de merda, de resultado! Caso saia, nunca declarei isso: torcerei pelo SANTOS! Não ao ponto de gritar golllllll! Primeiro que sempre disse que o Santos é o segundo time, do inconsciente de todo brasileiro, Nelson Rodrigues dizia que era o time paulista mais carioca! (Carioca que era!). Segundo que ver um talento como Neymar jogar é um bálsamo! Salve, Salve, meu Ogum!

 


O São Paulo disfarça, mas só pensa na Libertadores.
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Luiz Ceará

O São Paulo só pensa na Libertadores. E neste ano a maneira encontrada para chegar lá é vencer a Copa do Brasil, o caminho mais curto.

Nenhum grande que já venceu a Libertadores pensa diferente, a não ser o Corinthians que não sentiu o gosto, mas que pensa nela sem parar e com absoluta prioridade neste ano em que tem um time competitivo e focado.

Voltando ao São Paulo, ele pega a Ponte Preta hoje com a mesma motivação que a Ponte vai pegá-lo. Apagar da mente as derrotas no Paulistão. Se conseguirem, vão fazer um grande jogo.

A Ponte porque quer esquecer o chocolate verde e o São Paulo o baile que levou do Peixe.

No São Paulo Douglas estréia na lateral direita. Tá bom de estrear contra a Ponte, porque colocar em campo um Piris sem rumo depois do tsunami Neymar seria mais uma tragédia. Vamos ver Douglas. E Luis Fabiano joga para, como disse ele, dar uma porrada na mãe. Marcar contra a Ponte onde nasceu para a bola, se me entende o amigo do Blog.

A Ponte não tem nada a perder.

O São Paulo joga a Copa do Brasil mirando na Libertadores. Ele já levou três e conhece o gosto do mel. Eu vi o tamanho da festa no Navio Tricolor comemorando o Campeonato Mundial de 93.

Para quem provou e se lambuzou com três títulos mundiais, como os tricolores, o gosto é inesquecível.

Tags : São Paulo


A oposição do Corinthians vigia cocô de pombo.
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Luiz Ceará

É fácil e ao mesmo tempo incompreensível a política de fritura quando o Corinthians perde alguma coisa.

Perdeu a vaga para a Ponte Preta para ir à semifinal do Paulistão. Perdeu para o vento? Jogou sozinho o time do Corinthians?Não havia juiz, bandeiras, torcida e mais onze jogadores e um treinador do outro lado? Tem que ganhar sempre?

O Corinthians é apenas um time de futebol. Joga para ganhar sempre, mas como o jogo não é contra o vento, às vezes perde. Mérito da Ponte Preta, que, aliás, tomou um tremendo sapeca do Guarani em seguida. É jogo de bola, é assim mesmo.

Bom, inconformados com isso, gente da oposição e mesmo da situação estão irritados. Agora o alvo é Edu, cara sério quando jogava, e hoje como gerente de futebol. Marquinhos não viajou com o time para o Equador por problemas com a documentação do jogador. Ele tem 17 anos e precisa de autorização paterna para viajar. Comum.

Não no Corinthians. Osmar Stábile disse ao Blog do Perrone que: “Se estou na presidência, demito o gerente remunerado na mesma hora. Se bem que precisamos lembrar que é obrigação do presidente, do vice e do diretor de futebol não deixar erros assim acontecerem. A Libertadores é a prioridade do Corinthians, então o presidente deveria acompanhar tudo relativo a ela de perto”. E blá, blá, blá…

Ocorre que Osmar não está na presidência, o grupo dele não venceu a eleição. Então, tem pêlo na camisa? Ele fala grosso. Tem cocô de pombo no carro dele? Ele reclama que o clube não vigia pombos. Hoje é um bom dia para o Osmar acordar tarde, passear com a família e prestar atenção nele mesmo. Se está fazendo da vida dele uma boa vida. Isso que ele faz não é viver, é se arrastar em lamentações de perdedor.
O caso Marquinhos é comum e ele não vai ficar sem foco coisa nenhuma. Quem diz isso não conhece jogador ou está querendo fazer onda, só isso. Eu viajei com o Corinthians de Sócrates que ficou comigo tomando umas até tarde e foi eleito o melhor em campo contra o Vasco no dia seguinte.

São casos diferentes, mas mostram que quem quer ver erros, vê cocô de pombo no capô do carro.

Tags : Corinthians


Medina, o Iluminado.
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Luiz Ceará

Ontem eu escrevi aqui no Blog que: ”Para a Ponte vencer no Brinco não precisa torcedor. E vice versa. Precisa um time bom e um iluminado no jogo. É assim em todos os clássicos. Um bom time, num dia feliz e um iluminado.”!

Muitas vezes nós já vimos este filme. O cara está fora do jogo, participa do grupo, mas não vai jogar. Treina feito louco, mas não vai ter chance porque o titular está em plena forma. O cara senta no banco e vê o jogo, torce feito louco e na hora da comemoração ele sempre sai na foto abraçando o herói. O titular. Se o jogador for o cara do time então… o do banco nem pode pensar em ser estrela.

Mas pode fazer uma coisa que todo mundo faz e que não custa nada.

Sonhar.

Medina é reserva na lateral direita do Guarani. Estava no banco e apenas sonhava em jogar. Não é pecado sonhar.

Agora, jogar no lugar do dono do time? Opa, pera aí! Vou entrar no lugar do Fumagall,i professor? To frito, Medina deve ter pensado. Vou queimar de vez meu filme. Sou lateral e o homem quer que eu jogue pelo meio. Era só o que me faltava neste dia de chuva.

Medina não sabia, mas o destino que é preparado lá no céu e eu não sei por quem, mas sei que existe, estava traçado.

Ele entrou e num passe perfeito dentro da área, chegou batendo com categoria. Categoria mesmo, enxergando a brecha e metendo no canto esquerdo do goleiro da Ponte. Virou o jogo em 2 a ‘1. Acabou?

Não, não para o menino de 22 anos e sem nome no clube. Somente um cara diferente como Vadão, que já lançou Rivaldo e Kaká, para o amigo do Blog entender direito, poderia colocar em campo num Derby que definiria o finalista do Paulistão, nada menos que… Medina.

E lá foi ele, baixinho que só, subir e meter de cabeça a pá de cal do jogo. E é claro, com dois gols, decretar que a torcida da Macaca poderia ir pra casa. Guarani 3, Ponte Preta ‘1. O Bugre na final contra o Santos.

Medina é ou não, o “Iluminado” do Derby?


O Derby dos 100 anos.
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Luiz Ceará

O Derby de Campinas completa 100 anos. Já teve um jogo entre os dois times este ano. Era o Derby dos 100 anos, era o jogo da história dos clubes, dos treinadores, dos jogadores. Esse clima passou para as ruas. Dias antes do Derby, houve Derbynho, entre as categorias de base. No campo do Guarani, Dois jogos que a Ponte Preta venceu.

Na rua, por causa disso morreu um torcedor espancado.

Os clubes então, em caráter de emergência resolveram que a partir daquele jogo que viria a seguir não haveria mais duas torcidas nos estádios. Medida máxima de segurança.

Mas o destino quis que Ponte e Guarani jogassem de novo um Derby este ano. Depois de eliminarem o Corinthians e o Palmeiras do Paulistão.

Os jornais e as rádios não perderam tempo. É o Derby dos 100 anos, é o jogo da carreira de treinadores e jogadores. A mesma história.
Uma reunião na Federação Paulista resolveu quebrar o acerto anterior.Haverá torcedor da Ponte no Brinco. Dos 22.150 ingressos, 1.456 serão para os torcedores da Ponte Preta. Acerto na FPF, com os presidentes dos clubes, Polícia dando respaldo e o escambal.

Um erro, na minha maneira de ver.

E a reunião entre o Prefeito da cidade, os presidentes dos clubes e a Polícia há pouco mais de um mês atrás?

Tudo enganação.

Para a Ponte vencer no Brinco não precisa torcedor. E vice versa. Precisa um time bom e um iluminado no jogo. É assim em todos os clássicos. Um bom time, num dia feliz e um iluminado.

O outro Derby teve empate. O de hoje não pode ter porque tem que sair o time que vai encarar o vencedor de Santos e São Paulo.

É preciso ter cuidado na Cidade de Campinas. Em toda ela.
O Derby não é da paz coisa nenhum.a O Derby é jogo de bola, aposta no vencedor, sangue fervendo, irmão contra irmão. Isso é o que é o Derby.
Por isso era preciso manter a palavra que foi quebrada em nome do consenso. Lorota. Hoje tinha que ser Derby de uma torcida só, porque o vândalo tem que saber que existe a lei acima de tudo.E palavra.
Vamos ver.

Tags : Derby


Pep Guardiola, o iluminado, sai de cena.
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Luiz Ceará

Messi Disse:
“Quero agradecer sinceramente a Pep por tudo que ele fez a minha vida pessoal e profissional. Por causa desta emoção que estou sentido agora, eu optei por não estar presente na entrevista coletiva de Pep, longe da imprensa. Até porque eu sei que a imprensa vai focar na tristeza dos jogadores. E isso é algo que eu decidi não mostrar”, escreveu Messi em sua conta no Facebook.

Guardiola foi questionado sobre a ausência de Messi na conferência de imprensa, que contou com a presença de jogadores, como Puyol, Xavi, Iniesta, Cesc Fabregas e Piqué, mas o treinador disse que o argentino estava lá.

“Messi está. Todo mundo está. Leo (Lionel Messi) está. Abdial está. Me lembrei muita de Keita, que tem sido o parâmetro de moral e ética”, disse Guardiola.

Eu penso que não é preciso estar pessoalmente em um encontro para estar presente.

A alma, o espírito vivo pode estar. A energia que o Barcelona gerou nos anos em que esteve nas mãos de Pep Guardiola não acaba. Ela fica para sempre no espaço, gerando coisas boas, emoções de alegria e êxtase. Eles fizeram tudo certo. Venceram e venceram. Foram 13 títulos em quase 4 anos.

Quando ele entrou na sala de imprensa na presença de jornalistas e de jogadores que ele ajudou a formar, estava no ar seu feito maior. O respeito pelo correto, pelo belo, pelo sonho.

Guardiola formou um time maravilhoso e nos ajudou a sonhar com outras eras. O time dele é imortal como o Santos de Pelé, o Botafogo de Garrincha, a Maquina Fluminense de Rivelino.

Guardiola é uma lenda viva que agora precisa descansar e pensar no próximo passo. Feliz daquele que ele escolher para ser seu próximo clube. Ele não vai fazer outro Barcelona, mas vai dar seu melhor, o que já é muito.

Eu costumo dizer que algum espírito vem ao mundo pelas mãos de Jesus para fazerem o bem, mostrar como se faz, dar exemplos. São espíritos, que se fizerem na terra o que foi combinado antes de nascer vão cumprir a razão de ser. Ayrton Senna era especial, Leandro da dupla Leandro e Leonardo era assim, Chico Anysio que alegrou um país, Buda, Chico Xavier, Madre Tereza. Espíritos do bem.

Pep Guardiola está nos indicando que é um iluminado.


Alô Bolívar, tem jogo na Vila. Sabia?
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Luiz Ceará

Vi o jogo, ou melhor, o que se passa quando uma equipe que está acostumada a jogar numa altitude de 3660 metros acima do nível do mar enfrenta outra que joga na altitude zero, na praia se me entende o amigo do Blog.

E fica depois de um jogo desses, a pergunta que não quer se calar nuca e que me acompanha nesses mais de 30 anos acompanhando futebol.

Porque Conmebol não toma uma atitude? Porque a esmagadora maioria das equipes de futebol ou mesmo as seleções nacionais dos países da América do Sul tem que jogar em La Paz?

Fui umas três vezes naquela cidade para acompanhar times de futebol e a seleção brasileira. Vi o Dr. Osmar de Oliveira passar mal por causa do ar rarefeito. Meu cinegrafista Javier “Bocão” Malavasi também não conseguia se locomover facilmente. José Carlos Araujo da Radio Globo do Rio de Janeiro não agüentava aquela loucura. E o goleiro Taffarel subiu no gramado para aquecer e vomitou no pé da trave.
Cruel, a altitude de La Paz é cruel.

O Santos perdeu, mas fez seu golzinho fora. Não acredito que o Bolívar tenha bola para o Santos lá na Vila. Mas isso é outra coisa. No jogo de ontem Neymar foi duramente cassado e levou bananadas e garrafadas. E outro objeto que logo foi retirado pelo gandula.

Uma vez em Assunção no Paraguai o Galvão Bueno me disse antes do jogo entre Brasil e Paraguai:” Ceará, cuidado com a boca do túnel, eles jogam de tudo em cima dos repórteres”. Acreditei e fiquei meio que esperto. Na saída da seleção eu fui junto, andando. Galvão me chamou: “A seleção está em campo. Ao lado dela o repórter Luiz Ceará”. Naquele momento eu estava com a camisa molhada por um banho de xixi vindo da arquibancada. E fiquei assim o jogo todo.

A Conmebol nunca fez nada e não vai fazer. O presidente é um ricaço de mais de oitenta anos sem ouvidos para esse tipo de reclamação. Nicolas Leoz não vai ouvir Muricy, muito menos o repórter Abel Neto da Globo, filho de Abel que jogou no Santos e um querido companheiro de trabalho que, na entrevista com Neymar também tomou sua garrafada.

O problema maior é que se na Vila cair um fio de cabelo no gramado a Conmebol vai falar em interdição. Mas o torcedor santista é malandro e sabe disso. E tem outra diferença. Na Vila, o Bolívar vai tomar um sacode YáYá.