Foi mal Henrique
Luiz Ceará
Depois que vi o Brasil sub-20 virar penta, comecei a pensar. Duas coisas. Primeiro, como os procuradores dos jogadores mandam tanto na vida dos meninos. Eles têm talento, se preparam, e, do lado de fora, os procuradores deitam e rolam, mandam e desmandam. Vejamos o caso do Henrique. Ele foi gigante, artilheiro e o melhor do Mundial. Antes mesmo de chegar ao Brasil, detonou o São Paulo, seu time. Não volto, não jogo mais, quero ser valorizado, foi o que o moleque da seleção falou. Moleque no sentido de menino. Eu fiz uma reportagem com ele há uns dois anos. Moleque bacana. Mas o que aconteceu¿
Tudo errado. Quando jogou com Carpegiani, não foi tão bem. Mas jogou. Agora, que está com prestígio e poderia ser a bola da vez, murchou a bola. O torcedor, eu tenho certeza, iria pedir Henrique no time. A voz da arquibancada costuma dar certo. Mas ele preferiu ouvir a voz do dono da sua carreira. No caso do Oscar, outro moleque do mesmo procurador, o que fez três gols na final, foi assim. Oscar saiu e Henrique foi testemunha dele diante do juiz. Contra o SP. Agora será a vez de Henrique. Vamos ver.
Segundo, eu não concordo com a imposição de Mano Meneses como treinador do time olímpico. Nunca ganhamos essa medalha, e me parece que depois do sucesso do Ney Franco com os meninos a CBF deveria pensar melhor e manter Ney no comando do time Olímpico. Se der zebra na mão de Mano, vai sobrar pro time principal. Ou não. Outra coisa. Mano Meneses em vez de mostrar felicidade total com a molecada do sub-20, ficou chorando a falta de Neymar e Ganso. Pobreza