O Morumbi de todos nós.
Luiz Ceará
Se existe um cara que não deve dormir um sono inteiro sem sofrer com imagens do Morumbi, esse é o presidente do São Paulo, o senhor JJ, vulgo Juvenal Juvêncio.
Nestes últimos anos, de tanto tentar, com seu jeito estranho de se relacionar com os adversários, acabou com o futebol no Morumbi. Hoje, é conhecido como um grande palco para shows de musica e eventos. Menos futebol. Cadê os grandes mandando jogos por lá?
Desde a grande “Treta” entre JJ, Palmeiras, Corinthians e Santos, esses clubes não mandam seus jogos por lá. O Morumba dos maiores espetáculos da bola dos últimos 40 anos é um deserto de final de semana. Chegou ao cumulo de moradores da região reclamarem de barulho. Do torcedor? Não, dos roqueiros e sua musica. Ridículo.
E tem um mal maior. O que mais me entristece. Não vai ter abertura da Copa no melhor estádio da América Latina, um dos mais bem estruturados que eu conheço para o jornalista trabalhar. E para o geraldino torcer.
Eu fiz uma reportagem para a Band sobre os camarotes. Primeiro mundo.
O Morumbi é uma perda. Eu sei disso, os jogadores também e os treinadores idem. O torcedor nem se fale.
Hoje Marcos elogiou o Morumba. Sonha com a volta dos clássicos naquele tapete verde que respeita os craques. Felipão já havia defendido o estádio e alertou Marcos: ”o Marcão está louco. Se o Marcos for nessa linha que eu já fui, provavelmente será punido. Parece errado dizer que o Morumbi é espetacular”.
Nosso futebol é assim. Um presidente falastrão, acreditando que está fazendo um grande negócio, esculhamba os adversários, humilha e ferra todo mundo. Eu me sinto lesado em não ver o Morumbi dentro da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Sem demérito para o Itaquerão, que também poderia ser palco de jogos.
JJ vai entrar para a história do Morumbi. O presidente que tirou o estádio da Copa. Triste JJ.