Suspendemos de manhã cedo os sedativos e com duas horas Ricardo já apresenta reações positivas. Acordou, abriu os olhos lentamente, em determinados momentos movimentou braços e pernas bem mais do lado esquerdo do que do direito, como esperado. Isso não quer dizer que vai ter sequelas, ainda é cedo para uma avaliação definitiva, mas vamos iniciar a fisioterapia e ele deve recuperar totalmente os movimentos. Terminou o período de maiores complicações e ele apresenta normalidade no estado clínico e está com os sinais vitais normais. Os exames de imagem compatíveis apresentam excelente evolução”, disse Fabio Guimarães de Miranda, responsável pelo CTI do hospital.

Esta foi a notícia da manhã de hoje.

Fico aqui pensando. Quanta gente pediu nestes dias por essa notícia. Oramos, muitos de nós que conhecemos Ricardo Gomes pessoalmente, para que ele sobrevivesse e voltasse a se movimentar, falar, se expressar, amar seus amigos, sua família, o mundo em que vive. O da bola. Ficamos esperando a presença e a misericórdia de Jesus,que não nos faltou.

Fico aqui pensando que enquanto agíamos assim, alguns, não todos, profissionais da bola, procuraram o Vasco para pedir a vaga de Ricardo Gomes. Já na segunda-feira pela manhã.Não passam de abutres da bola, gente pequena, aproveitadores de restos.

O mundo do futebol, o que o torcedor não vê, mostra-nos a cada momento como é maravilhoso e podre, doce e amargo, cheio de fé e de esperança, ao mesmo tempo que espaço de trevas.

Começa o segundo turno do Brasileirão, e eu que nunca fico encima do muro. Quero fazer minhas apostas, baseado e nada. Claro, futebol não tem lógica, ou tem?Quem é o sabichão aí que vai afirmar quem será o Campeão Brasileiro de 2011? O timão em crise existencial? Temos um timaço pensa o torcedor, com excelente elenco. Porque não disparamos? Porque paramos?

Ou o Flamengo de Ronaldinho e Luxemburgo. Quem garante o Bonde? Luxemburgo? Ele não joga mais e quando jogava… Bom a verdade é que o Flamengo pode chegar, mas ser campeão é outra coisa e o time ainda anão tem o brilho nos olhos.

O São Paulo? Eu apostaria nele porque é time de chegada e sempre arranca no segundo turno. Alguém duvida?É, mas com um treinador que coloca Rivaldo no banco, e depois no time aos 42 do segundo tempo… Ou Rivaldo vira Santo, ou o futebol muda de nome ou o treinador tem muita chance de não terminar o ano como treinador do tricolor. Escrevam isso.

Na verdade, o que eu estou pensando agora é que o Brasileirão chegou numa fase em que não se pode dar qualquer prognóstico. Tá tudo muito igual dentro de campo. Só um louco destacaria um time. Eu já disse que não fico encima do muro, mas não pulo dele. Eu não sou louco.

Zé Elias ficou em cana por 30 dias,porque não pagava pensão de 25 mil reais aos dois filhos que teve com Silvia Regina Corrêa de Castro. Ele já estava devendo 1 milhão de reais.

Justo perante a da Lei de Pensão Alimentícia. Mas é correto que depois que uma pessoa casa com um jogador como ele, para citar somente esse exemplo, e encerrada a carreira, o casal não tenha consciência de que a vida vai mudar?

Muda sim. O cara não tem mais 18 ou 19 anos, como quando conheceu a esposa. Não concentra mais, começa a pagar pedágio, restaurante, deixa de receber roupas, chuteiras, tênis,a barriga não é igual.Os amigos do peito, ué, cadê eles?Os que carregam celular, agendas, chamam pras festas, churrascos, pagodes, viagens… muitos deles deixam de telefonar. Ah! O telefone. Parou de tocar? Para sim. Ex-jogador é ex. Ponto.

Aí, como ele passa a ser um cara comum, mas na maioria das vezes não está preparado para isso, vem a separação. A ex-esposa, acha que a grana que entra todo mês é aquela da Europa ou do time grande aqui do Brasil. Não é.

A Lei é para todos, mas a aplicação dela é um legado que pertence aos juízes, gente preparada. Cada caso é um caso, e é necessário que na hora de aplicar a Lei, nosso magistrados pensem em tudo.

A pergunta que fica é: 25 mil reais de pensão é o que?

Quem merece cair no Brasileiro? Qual treinador está pendurado? Todos, menos Felipão, Muricy, Ricardo Gomes, Luxemburgo, Tite… Nenhum merece cair é bem verdade.

Todos tem feito um bom trabalho, alguns um excelente trabalho, e sempre que digo isso penso no que cada um tem em mãos para trabalhar. Uns, um excelente elenco, outros nem tanto e alguns quase nada.

Foras de série? Pouquíssimos jogadores, os mesmos que sãoconsiderados  craques como Neymar, Ganso, Alex, Rivaldo, Marcos, Rogério Ceni, Lucas, Marcos Assunção, Juninho Pernambucano e outros que me esqueço neste momento e já me desculpo. Mas são poucos neste imenso universo de titulares e reservas do maior campeonato de futebol do mundo, o Brasileiro.

Portanto, a fumaça que existe no palmeiras e no Corinthians, é simplesmente inaceitável. Tite não tem culpa que seu time, o líder e que hoje seria campeão se o campeonato estivesse terminado, murchou, perdeu o encanto, o brilho. E Felipão, que com poucos ovos faz uma bela omelete? Falar o que?

Calma gente calma.

Vamos mudar de assunto. Hoje pela manhã li a coluna do companheiro Juca. Imperdível é só uma grosseria da minha parte, que não sou letrado. Quando ele fala a respeito do ex-presidente Lula, arrepia a espinha. Votei sempre no Lula, e hoje não votaria mais. Porque? Pelos mesmos motivos que Juca escreve há tempos na Folha. E por outros também. Outro dia falei com o filho dele, Lulinha. Eu disse, “como seu pai pode ser amigo do José Dirceu, um cara que acorda de manhã e avisa a mulher depois de anos de casamento que ele, não é ele” ? Lulinha me respondeu com um sorriso. Deu pra entender. Lula fez bons governos,engoliu gente como Zé Dirceu,mas ficou muito longe do que poderia fazer de verdade. E contribuiu para o país institucionalizar de vez a pouca vergonha ética de quem nos representam através dos nossos votos, todos honestos e cheios de esperança. Vou repetir palavras do Juca: ”Lançar a bóia Meirelles (Henrique Meirelles, escolhido para ser Presidente do Conselho de Administração da APO) para tirar a exposição excessiva de Ricardo Teixeira no COL é mais um serviço sujo que ele não precisava ter feito”.

O fato é que Ricardo Teixeira, desgastado com tantas notícias negativas, todas relacionadas à sua atuação à frente do COL, convidou Henrique Meirelles para secretário executivo, ou seja, responder pela batata que há muito está no forno para ser comida. Está mais que assada.

Escrevo agora, às oito da noite, e sei que a hora é apenas para pedir orações para este “grande cara” que é Ricardo Gomes.

Eu me lembro que num torneio da Band na época em que Luciano do Valle era o diretor de esportes, ficamos em Brasília cerca de dez dias. O evento da Band era um Torneio de Futebol de cinco. Ricardo Gomes estava sem clube e jogava pela seleção brasileira de cinco.O time foi uma tarde jogar pelada com gente da imprensa e amigos. Entre eles estava a enciclopédia mestre Nilton Santos. Jogamos e eu vou declarar aqui que fiz um gol de bola rolada pelo Nilton. E outro de um cruzamento de Ricardo Gomes. Nos tornamos amigos nesta época e ele sempre citava o fato de me pedira para entrevistá-lo porque estava desempregado. Precisava aparecer na tela, ser notícia. Fiz com prazer porque ele era um grande jogador… sem clube. Meses depois o Paris Saint Germain o contratou. Não pela entrevista, é claro,mas porque era zagueiro fora de série, técnico. Zagueiro craque. Foram dias de muito papo, o cara era demais, muito inteligente.

Nas vezes em que nos encontramos depois de Brasília, foram ótimos momentos. Aqui no São Paulo quando era o técnico, nunca me deu qualquer informação exclusiva por conta de nossa amizade, até porque ninguém sabia que éramos amigos, mas tínhamos momentos de conversa reservada, assuntos pessoais, como família, a vida, esporte e musica.

Encerro dizendo que Ricardo Gomes está agora nas minhas orações. Jesus sempre sabe o que faz. Que ele volte deste fato médico com saúde para seguir sua parte nesta terra. Quem sabe, um pouco mais longe da bola, mas muito mais perto de sua família que o ama tanto. Que os médicos lá de cima estejam com você neste momento, amigo.

A rodada do Brasileirão foi como será a ultima. De clássicos, maneira encontrada para evitar maracutaias como as dos últimos finais de Brasileiros que todos nós bem sabemos.

Muito bem. Vamos de São Paulo e Santos com um primeiro tempo de roer, se não fosse o juizão Seneme. Já que ninguém jogava nada, ele pra ser respeitado, xingou e peitou a boleirada. Deu dois cartões perfeitos no afoito Carlinhos Paraíba, que não precisava chegar tão forte nas jogadas. Uma no meio de campo e outra na lateral. Nesta, ele chegou primeiro na bola, tocou na bola, mas ao mesmo tempo derrubou grotescamente Leo. Foi expulso. O Santos em vez de aproveitar, continuou jogando mal, errando passes e sem inspiração. O São Paulo fez o arroz com feijão. Marcou, marcou e acreditou numa bola, apenas uma, lá na frente. Ela apareceu no talento de Lucas. Ele passou por Durval e arrancou. Drible da vaca em Edu Dracena e da entrada da área fuzilou Rafael. Gol de craque. Durante o jogo dois destaques. Ganso não viu a bola. Neymar só viu depois que Pires tirava dele. O segundo tempo mostrou o Santos ainda sem o brilho que se esperava e o São Paulo muito perigoso. Aos poucos a coisa foi mudando com o cansaço dos dez contra onze, e muito menos pelo jogo do Santos que não apareceu, mas pela perna esquerda, mágica, de Paulo Henrique Ganso o Santos empatou. Final, 1 a 1.

E Rivaldo entrou aos 40 do segundo tempo. Mais uma barbárie contra esse maestro que viu como todos os torcedores do São Paulo viram, Cícero não jogar nada no segundo tempo. É aí que Adilson errou feio. Isso, essa atitude, vai ter conseqüência na vida útil dele no comando do tricolor. Foi assim que Carpegiani caiu em desgraça.

O Santos é um time diferente mesmo. Esta manhã eu vi uma cena no treino que me encheu os olhos. Ao lado, literalmente, de Ganso e Neymar, um menino de 10 anos fez sucesso. Dodozinho, do time sub-10 do Santos arrebentou. Mostrando uma habilidade fora do comum pra sua idade, treinou tecnicamente entre os titulares do peixe. Um show.

A promessa foi trazida ao Santos pelo ex-jogador Robert. Se tudo correr como se espera a aposta pode ser o novo Neymar, ou Robinho. Dizem que pode ser o novo Pelé.

A língua fala o que quer seu dono. Pelé?Duvido.

Li atentamente o que me mandaram de comentários os meus queridos do Blog, e vi que a grande maioria não entendeu o que eu quis dizer. Culpa minha, claro, que não me expressei bem. Só pode ser isso, porque eu queria dizer uma coisa, e a maioria entendeu outra.

Então vamos. Vi um garoto treinando com os titulares do Santos nesta sexta-feira. Uma fera de nove anos, titular absoluto do sub-10 do Peixe. Ele desfilou técnica fora de série para sua idade ao lado de ninguém menos que Neymar, Ganso, Edu Dracena e por aí afora. Brincou com eles, chutou a gol, com um petardo de responsa pra idade, e depois deu entrevista pra todo mundo, inclusive para este repórter. O menino foi uma sensação. Ele faz demonstração em campeonatos de veteranos. Manda ver em 400 embaixadinhas, é claro, sem a bola cair. E foi aí que Robert, ex-atacante do peixe, atualmente agente FIFA, o descobriu. E o trouxe para treinar no CT Rei Pelé.

Ocorre que ouvi, como muitas outras vezes, nêgo dizendo com a boca cheia que ali estava o novo Pelé, ou Neymar e até Robinho. Fiquei espantado com a língua da galera.

Em nenhum momento eu o comparei com esses jogadores consagrados e muito menos teria a ousadia e pensar nele, o Dodozinho, menino lindo, educado e bolão, como um novo Pelé. Não tenho língua preta e nem sou burro o bastante.

É isso amigos, espero que tenham entendido agora, melhor, e me desculpem pela sinceridade. Pelé não se compara com ninguém, apenas se reverencia, como Rei que sempre foi.

Como me disse uma vez numa entrevista Armando Marques, o maior de todos os árbitros que vi apitar. Pedi a ele para definir Pelé, já que ele teria sido o único a expulsá-lo. E ele me disse “Pelé é uma lágrima de Deus”.

Em tempo, vi Pelé jogar nos estádios ao vivo, babando, e muito.

O Santos é um time diferente mesmo. Esta manhã eu vi uma cena no treino que me encheu os olhos. Ao lado, literalmente, de Ganso e Neymar, um menino de 10 anos fez sucesso. Dodozinho, do time sub-10 do Santos arrebentou. Mostrando uma habilidade fora do comum pra sua idade, treinou tecnicamente entre os titulares do peixe. Um show.

A promessa foi trazida ao Santos pelo ex-jogador Robert. Se tudo correr como se espera a aposta pode ser o novo Neymar, ou Robinho. Dizem que pode ser o novo Pelé.

A língua fala o que quer seu dono. Pelé?Duvido.

Deu no UOL: A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei que permite que os torcedores voltem a portar bandeiras com mastro nos estádios de futebol do Estado. O artefato foi proibido nas arquibancadas paulistas há 15 anos, por estar sendo usado, à época, como arma em confrontos entre torcidas. Agora, para virar lei, o projeto precisa ser sancionado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Dos 92 deputados presentes, apenas um votou contra.

A notícia é de ontem, mas a ficha vai caindo aos poucos, dia a pós dia, e quando as bandeiras e seus mastros de bambu ou qualquer outro produto similar estiverem desfraldadas nos estádios, vamos ver a cara real dessa criatura chamada falta de responsabilidade de nossos políticos. Ou eu estou errado? Ou já não existe dor suficiente causada pelo tormento das brigas entre torcedores? E aí eu nem estou falando das organizadas. Vamos dizer torcedores. Há 15 anos elas, as bandeiras com mastros, foram proibidas porque os mastros e não as bandeiras eram armas. E continuarão a ser armas. E depósito de drogas e porque não pensar em bombas.

Vamos aguardar o governador Geraldo Alckmin, santista de coração e pai de família. Ele tem a caneta na mão e o poder de veto dessa palhaçada política. E tem consciência também. E responsabilidade com seus milhões de eleitores. Vamos ver.

As bandeiras são lindas como estão. Lindas é pouco. As torcidas, vistas de dentro do campo que é onde eu fico há trinta anos, emocionam, não há como mentir aqui ao amigo do Blog.

Porém… mastro, na bandeira, nunca.

O bezerro dispara depois de tomar um pequeno choque elétrico. Sai sem saber pra que lado. Corre sem saber do que. Pensa que está livre, mas sente que está sendo perseguido. Por cavalos. Dois cavalos. Com seus cavaleiros. Um deles, o peão que vai derrubar o pequeno animal desce do cavalo ainda em velocidade e habilmente vai atacar o animal. O bezerro corre e corre, escapa da primeira investida, mas… O peão dá o bote, e com força, torce o pescoço do bezerro para derrubá-lo. Uma vez no chão, o peão completou sua prova. Ela se chama buldog. É esporte o tal de buldog.

Quarta-feira passada, dia 24, numa prova dessas o bezerro teve sua vértebra cervical fraturada e foi sacrificado ainda na areia fria da arena de Barretos. Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, 56 anos de vida. Um sucesso de público. Uma festa que virou duas. Uma, com as provas chamadas de esporte, que tem a participação de animais diversos. Os que levam seus peões, os que vão servir para o ataque e os que vão ser atacados. Na prova mais tradicional, o peão está no lombo de um cavalo ou de um boi e vai ser arremessado ao chão. Quase sempre é. Essa é a graça. O peão que cai corre o risco de morrer, ficar lesionado seriamente ou não. São  segundos e  ele tem que se manter encima dos animais. E tem os bezerros. A outra parte da festa de Barretos é o show, geralmente sertanejo, pra animar a galera. Paga-se caro para estar numa festa de Barretos.

Cesar Brosco que o diga. Ele fazia a prova de buldog e matou o bezerro porque quebrou o pescoço dele, na queda. Isso não é comum, mas aconteceu. Cesar foi afastado por seis meses pela Associação Nacional de Buldog.

Marcos Murta, presidente da festa disse que foi uma fatalidade.

Eu nem mato barata em casa, ou mosquito ou ainda formigas quando estou caminhando. Então, acredito que melhor seria para esta Festa de Barretos, para animar a festa do seu Murta, se o amigo do Blog me entende, trocar os bezerros por leões ou dinossauros. Aí sim, queria ver peão macho.

Me ajuda aí!