Veio o segundo tempo e a macaca que jogava bem, mas não marcava bem…empatou.
E começou a dominar o jogo. E… quando dominava, tomou um gol de Lucas porque o lateral da ponte não marcou o lateral no tricolor. Aí Lucas só desviou para o 2 a 1.
Quem não faz quando vai bem no jogo, e quem não marca bem, não aperta a marcação e deixa o adversário jogar… toma.

E a Ponte tomou mais um de William José em falha clamorosa de meia defesa.

Esta semana o técnico Gilson Kleina precisa reciclar seu sistema defensivo. Ainda dá tempo.

O São Paulo tem elenco de qualidade, joga bem sem ser brilhante.Acredito que ainda vai ser e mostra resultados. Como esta recuperação da liderança.

Bom, muito bom.

O São Paulo não para. Deve anunciar até esta tarde Oswaldo que jogou o Brasileiro pelo Ceará, como novo reforço. O jogador estava quase certo no Cruzeiro, mas o São Paulo fez uma proposta melhor para os árabes e levou o jogador.
Em se tratando de negociação, pode dar zebra, mas não é para dar. O martelo foi batido.
Ainda no São Paulo, a repercussão da entrevista de Luis Fabiano ao repórter da Folha Leonardo Lourenço foi devastadora. O jogador abriu a caixa de ferramentas contra o elenco que disputou o Brasileiro no ano passado. Mais.Disse que a diretoria tem parte na “inhaca”- nome no mundo da bola que se dá aos que não querem nada com a responsabilidade – do time no ano passado.
Tudo o que ele disse foi dito pela imprensa claramente e exaustivamente ano passado, mas a diretoria e os jogadores achavam que era má fé dos repórteres.
Ocorre que nós vivemos o dia a dia dos clubes e mesmo que não tenhamos a liberdade de freqüentar os bastidores,digo,os vestiários, reuniões de diretoria e ambiente de concentrações, por exemplo, ficamos sempre sabendo de quase tudo por meio de informantes e contatos. Tem gente que conta até por desabafo.
Foi o que fez Fabiano ontem ao repórter da Folha. Desabafou.
E mandou um aviso ao atual elenco.

O desejo de Montillo de trocar Belo Horizonte por São Paulo já foi declarado pelo próprio jogador. No entanto, a vontade do meia emperrou porque tanto Corinthians como São Paulo, clubes interessados em seu futebol, negociam a contratação com o mesmo investidor: o BMG.

Os clubes paulistas não mexeriam no bolso, com o Banco de Minas Gerais sendo o responsável por bancar a vinda do atleta.

Porém, há diferenças nos negócios. Com o São Paulo, o BMG teria que liberar cerca de 3 milhões, uma vez que o tricolor pensa em envolver três jogadores na negociação. O Corinthians não pensa em liberar ninguém, precisando assim de aproximadamente 8 milhões.

Hoje eu vi algo diferente no futebol. Acostumado a problemas e crises, muitos pernas de pau travestidos de jogadores na maior marra,conversei com o futuro.

Verdade pura, falei e estive de frente com o futuro. Meninos de quatorze anos, todos jogadores de futebol. Uns oito meninos. Todos das categorias de base do tricolor, vindos de cidades diferentes. Cada um com um sonho na cabeça, aliás, o mesmo sonho. Jogar no São Paulo.

O detalhe é o seguinte. Lá, em Cotia, no Centro de Treinamento, tem campos de futebol, vestiários, salas de musculação, departamento medico, refeitórios, um hotel, alojamentos, e um estádio de futebol para que os meninos se acostumem com o torcedor. Perfeito. Os alojamentos tem quartos com duas camas, banheiro e dois computadores em duas escrivaninhas, um para cada garoto. Um show.

Jogar bola, no entanto não é a única prioridade por lá. O São Paulo não abre mão de formar homens. Por isso quem não for bem na escola, corre o risco de ser dispensado.

Agora, quem for excelente na escola tem bônus, prêmio. E o premio de um menino com sonho na cabeça de jogar no São Paulo não é conhecer o Morumbi. É entrar no CT, passear pelos campos onde o time principal treina. É sonhar ter um quarto onde dormem Rogério Ceni, Rivaldo, olhar de perto Rivaldo, Ceni, Luiz Fabiano. Isso é sonho.

Almoçar do refeitório dos jogadores de cima. Isso é sonho. E este sonho é para os que jogam, mas exclusivamente para os que vão bem na escola.

O São Paulo está certo. Planeja o futuro.Eu estive na cara do futuro, conversando com jogadores que provavelmente não vou entrevistar quando se tornarem adultos. Já terei parado.                                                                                    Na base, o São Paulo da Show.

Ontem eu vi o Rivaldo por cima do muro do Palmeiras, onde eu estava. Foi por acaso. Ele estava treinando com mais três ou quatro jogadores. O time em Assunción para jogar contra o time do Nicolás Leoz, presidente da Conmebol, no Estádio Nicolás Leoz, para pouco mais de dez mil pessoas.

O São Paulo não jogou para vencer, apenas jogou. O time do Paraguay jogou pela vaga em seu campinho acanhadíssimo, sua cara. Venceu e passou para a próxima fase.

Rivaldo deve treinar hoje pela manhã de novo com três ou quatro jogadores.

A pergunta que fica sempre é a que eu ouvi do meu filho, João Antonio, sãopaulino de 14 anos. Feroz com a derrota. É a mesma do motorista da Viação Comêta que me trouxe de Campinas hoje pela manhã e de minha filha Bianca, de 30 anos, também sãopaulina.

Pergunta: porque Rivaldo não estava lá?

Será que eles entendem de futebol mais do que a comissão técnica do São Paulo? Tem alguma coisa errada aí.

Fui ao treino do Corinthians na era Luxemburgo e no dia seguinte ao treino do Santos, que tinha Leão no comando. O treino do Timão era em Bragança Paulista, num Hotel. O do peixe num Hotel Fazenda em Jarinu.

Era feriado e minha família foi comigo, aproveitar o passeio profissional. No treino do Timão, Luxa me chamou e quis conhecer meus filhos, Estevão de dez anos e João, de dois. Brincou com os meninos, tirou fotos e mandou Marcelinho e Vampeta fazerem o mesmo, que sem nenhuma frescura e com o maior bom humor agradaram os meninos. Fotos, sorrisos e beijos nas crianças. Saí muito, muito feliz. Minha mulher a Raquel idem.

No dia seguinte fui ao treino do Santos… Hotel Fazenda, tudo a ver.

Leão viu meu carro parar e de longe mandou dois seguranças em nossa direção. Pensei o melhor, numa recepção digna de um feriado. Enganei-me.

Os três, Raquel, Estevão e João tiveram que ficar dentro do carro, sem descer. Enquanto eu fazia meu trabalho. Ordens do chefe.

Os meninos não entenderam nada e como os seguranças não eram o Leão, trouxeram laranjas, porque fazia sol e eles estavam com muita sede e calor. Quarenta e poucos minutos sem sair do carro. Nenhuma foto, ou sorrisos, ou agrado.

Dias depois falei com o presidente do peixe sobre o caso. Ele lamentou e chamou Leão de cafajeste.

O fato não mudou minha postura com Leão, afinal eu poderia estar errado em levar meus filhos para o trabalho, coisa que meu pai Luiz Ceará Jr. o cara que me ensinou aquilo como sendo bom para a educação dos filhos, me fez entender.

Posteriormente, numa entrevista que fiz com o técnico num programa de TV, ele chorou ao falar sobre sua família, da falta que a proximidade dela fez durante sua carreira, como faz a de qualquer um de nos que vive do esporte. Estamos sempre longe de casa.

Esse é o treinador do São Paulo, um time de dirigentes educados e gentis.

Vamos ver esse lado, porque o tempo que ele terá com os jogadores é pequeno para recuperar a situação do tricolor.

Em tempo, Leão disse que sua mulher não agüentava mais vê-lo em casa. A minha adora me ver sempre perto dela e dos nossos filhos e netos.

O São Paulo voltou um pouco mais aceso, mas sem modificações. Nove minutos e a galera pediu Rivaldo, uma barbada. Neto, na TV pediu Rivaldo e Cañete. Queria o tudo ou nada. Falha na defesa e o gol do São Paulo saiu. Cícero matou no peito e tocou na queda da bola. Golaço. Em seguida Lucas, que não entrava no jogo, chutou de fora da área. O gol desabafo. O São Paulo agrediu e chutou a gol, o que não estava fazendo. E o milagre continuou. Dezenove minutos e Lucas disparou no seu melhor estilo. Não, não foi até o gol. Serviu Dagoberto que fez o terceiro.

Aí sim, sem sufoco, Adilson resolver meter Rivaldo no time. O torcedor gritou o nome do Lucas, que saiu, e aproveitou pra aplaudir mestre Rivaldo.

Foi assim a noite da redenção tricolor em que o time saiu do Morumbi seguindo na Sul-Americana.

O Flamengo venceu o Atlético PR com um gol de cabeça do Ronaldinho e também passou.

Bonito foi o Inter, bicampeão da Recopa Sul-Americana.

Maravilhoso é Rogério Ceni, que daqui a quatro jogos chega ao número mil. Mil jogos pelo tricolor, ele que está a 117 jogos sem sair do time. Quase dois anos. Pra Rogério Ceni,que é roqueiro, Junior Wells, Luther Allison e Little Walter, Blues pra encerrar a noite. Fui.

Hoje tive um dia cheio, muito mesmo, de trabalho duro. Por isso e sem outra desculpa eu só estou Blogando agora. Então vamos lá.

O Santos venceu com o time da Libertadores. E Borges, o que fez os dois gols do peixe, homenageou Neymar e seu filho Davi Lucca, que nasceu e que já recebeu visita do padrinho Ganso. Atitude de homem maduro, Neymar deu um exemplo de como se marca gols na vida também. Reconhecer e mostrar seu filho ao mundo. Ele mostrou que tipo de educação recebeu dos pais. Que honra.

No primeiro tempo de São Paulo e Ceará duas coisas. A calma de um time comandado por um veterano campeão do mundo. Edmilson deu um show de tranqüilidade. Ainda não sei como vai ser o segundo tempo, e eu volto pra contar, mas fiquei grudado na cadeira vendo que ruindade de time está o São Paulo hoje, ou melhor, neste primeiro tempo. Sem chutar ao gol e sem articulação, não vai passar. E não entendi a escalação do time. Onde está o pensador?Vamos ver daqui a pouco eu volto.