Medina, o Iluminado.
Luiz Ceará
Ontem eu escrevi aqui no Blog que: ”Para a Ponte vencer no Brinco não precisa torcedor. E vice versa. Precisa um time bom e um iluminado no jogo. É assim em todos os clássicos. Um bom time, num dia feliz e um iluminado.”!
Muitas vezes nós já vimos este filme. O cara está fora do jogo, participa do grupo, mas não vai jogar. Treina feito louco, mas não vai ter chance porque o titular está em plena forma. O cara senta no banco e vê o jogo, torce feito louco e na hora da comemoração ele sempre sai na foto abraçando o herói. O titular. Se o jogador for o cara do time então… o do banco nem pode pensar em ser estrela.
Mas pode fazer uma coisa que todo mundo faz e que não custa nada.
Sonhar.
Medina é reserva na lateral direita do Guarani. Estava no banco e apenas sonhava em jogar. Não é pecado sonhar.
Agora, jogar no lugar do dono do time? Opa, pera aí! Vou entrar no lugar do Fumagall,i professor? To frito, Medina deve ter pensado. Vou queimar de vez meu filme. Sou lateral e o homem quer que eu jogue pelo meio. Era só o que me faltava neste dia de chuva.
Medina não sabia, mas o destino que é preparado lá no céu e eu não sei por quem, mas sei que existe, estava traçado.
Ele entrou e num passe perfeito dentro da área, chegou batendo com categoria. Categoria mesmo, enxergando a brecha e metendo no canto esquerdo do goleiro da Ponte. Virou o jogo em 2 a ‘1. Acabou?
Não, não para o menino de 22 anos e sem nome no clube. Somente um cara diferente como Vadão, que já lançou Rivaldo e Kaká, para o amigo do Blog entender direito, poderia colocar em campo num Derby que definiria o finalista do Paulistão, nada menos que… Medina.
E lá foi ele, baixinho que só, subir e meter de cabeça a pá de cal do jogo. E é claro, com dois gols, decretar que a torcida da Macaca poderia ir pra casa. Guarani 3, Ponte Preta ‘1. O Bugre na final contra o Santos.
Medina é ou não, o “Iluminado” do Derby?