Luiz Ceara

Arquivo : março 2012

A Dama de Ferro e o sabonete.
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Luiz Ceará

Joseph Blatter não é flor que se cheire. Está metido até o pescoço em problemas de suborno nas eleições da FIFA para a escolha de sedes de Copas do Mundo desde que se tornou presidente depois de Havelange.Esse, o Havelange,eu nem vou aqui me estender, porque por mais que diga que dedicou sua vida à paz através da bola, só de ter feito de seu genro o presidente da CBF por mais de 23 anos, vai ter que voltar umas três reencarnações pra pagar sua conta. Ou mais.

Esse homenzinho, o Blatter, esteve hoje no Brasil para participar de uma reunião com a presidente Dilma, mulher durona, que todos sabem já foi guerrilheira e por isso mesmo tem outro tipo de pegada. Sua forma de de expressar quando está irritada todos conhecem. Ser presidente do Brasil não é mole, tem que ter cintura de borracha, mas ela está indo bem melhor do que eu jamais esperava. Só de ter enquadrado do genro do Havelange já tem crédito. Ela derrubou o inderrubável. E ninguém chorou de tristeza. Teve um ou outro político que ficou sem sua mamadeira, e certos presidentes de Federações que terão suas contas bancárias alteradas para menos, mas quem arrisca…pode se dar mal.

O certo é que essas duas figuras se encontraram hoje para que fosse iniciada uma nova etapa da operação Copa do Mundo. O que Dilma disse, e eu nem estava na reunião imagino como foi: “Olha aqui meu velho, quem manda é a mamãe e você come quieto aí no seu pratinho, porque senão leva um tabefe. E tem mais: Vou fazer a Copa e vai ficar bacana. Me dá uns meses mais que eu vou enquadrar o resto dos pilantras. Entendeu cara pálida?”

No que Blatter, velha raposa felpuda e mal cheirosa respondeu: “Tá bom mamãe. Manda bala que eu pego o meu depois. Obrigado e tchau!”.

Foi assim em outras palavras. Ela é durona e ele sabonete.

E o caso Valcke? E Ricardo Teixeira? O primeiro não é ninguém e por isso não foi citado. O segundo já morreu. Morreu mas deixou vigia no túmulo. Cuidado.

Segunda – feira o Ministro Aldo estará em Campinas. Vou estar com ele e depois conto aqui como foi. A quem interessa, conheci Aldo Rebelo no dia em que ele foi eleito presidente da UNE em Piracicaba. O cara fala manso, mas pega pesado. É do ramo, pode confiar.


Pra começar o dia, o Flamengo o Santos e Maurício do Vôlei.
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Luiz Ceará

O Flamengo

Quem está vencendo um jogo por 3 a 1 em casa e jogando bem não pode bobear, ficar desatento, não ter perseverança e paciência de tocar a bola, gastar o tempo com categoria. Não pode deixar adversário gostar do jogo mesmo estando em desvantagem. Tem que se impor.Se for um time campeão do mundo então…

O Flamengo não fez nada disso e ofereceu um empate ao Olímpia do Paraguai. E o torcedor com isso? Virou fera.

O Santos

O Santos encontrou um carpete pra jogar bola, porque aquela grama não é sintética nem aqui e nem na China que gosta de fazer coisa barata. Ela deve ter sido comprada no Paraguai.

Aí o time teve que usar tênis em vez de chuteira. Adaptou-se e meteu 2 a 1 num time fraco e sem prestígio internacional. Não foi mais que isso.

Não foi? Foi sim Ceará porque as dificuldades além do gramado e da adaptação passaram pela porradeira dos zagueiros, principalmente pelo tal de Guadalupe, beque de segunda classe, um virtuose da pancadaria. Foi expulso belo bem do futebol.

O Juan Aurich em Santos vai tomar um chocolate.

Mauricio do Vôlei

Bernard, Jaqueline, Ana Mozer, Shelda e Adriana Behar e agora Mauricio. Todos esses brasileiros maravilhosos, atleta de elite do vôlei estão no Hall da Fama. E tem ainda o dirigente Carlos Arthur Nuzman que também levou sua homenagem.

Pra entender, o Hall da Fama é um prêmio oferecido pela Federação Internacional de Vôlei, a FIVB aos maiores da história deste esporte.

Eu vou falar ainda do Mauricio mais pra frente aqui no Blog, porque além de admirá-lo jogando, tenho por ele grande carinho pessoal. Nossa cidade de Campinas está mais do que feliz com a homenagem a este gênio do vôlei. Mauricio só não fez chover numa quadra coberta quando jogava. De resto, fez tudo.


O Cruz Azul não aguenta o Pacaembu.
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Luiz Ceará

Ontem eu falei que queria ver o efeito da demissão mais do que justa do funcionário do Corinthians, o jogador Adriano,no comportamento do time do Corinthians. O jogador foi enquadrado pelo delegado Mário Gobbi, pegou seu boné e está neste momento dormindo enquanto eu escrevo às sete da matina. Bom dia pra todos.

 

E não é que o doutor Gobbi fez o certo?

 

O Corinthians jogou bem, bem mesmo, e só não venceu por um ou dois porque seu pé de gol está torto.

 

Esteve com Paulinho, com Liédson e até com Alex, que manda canudos certeiros e ontem não estava calibrado.

 

Mas o Corinthians foi guerreiro como gosta a fiel e está muito, mas muito longe de ser aquele timinho de Libertadores.

 

Hoje é o Timão. Mudou pra melhor. Marca, não deixa jogar e cria pra fazer o gol. Não fez, mas cria.

 

E Tite, me disseram amigos comuns, está leve, livre e solto no comando sem a sombra pesada do Imperador.

 

Gente, dar explicações para cinqüenta jornalistas de radio e TV toda semana, mais de dez câmeras de TV e não sei quantos fotógrafos, fora a molecada competente da internet, sobre porque Adriano não fez isso, porque não vai fazer aquilo, o peso, a medida da cintura e a mobilidade… é pra matar ou não?

 

Isso acabou e o Corinthians respira novos ares. O empate foi de ótimo tamanho naquela altitude da cidade do México, e mais, o Cruz Azul não agüenta o Pacaembu!

 

É só não virem agora com aquela conversa de Tevez.Aí sim,como diria meu irmão Datena, “me ajuda aí”.

 

 

 

 

 

 


Mário Gobbi faz gol na Libertadores.
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Luiz Ceará

O Corinthians está focado na Libertadores e a demissão de Adriano é a maior de todas as provas.

Descontente com o jogador há meses, Tite chegou ao fim do túnel depois do episódio da balança, mais a discussão em si. Feia. E o desrespeito com o preparador físico, fisioterapeuta e nutricionista.

O Corinthians chegou a prender o jogador na concentração para que ele treinasse e se alimentasse adequadamente.

Acostumado a tomar atitudes rapidamente, até porque é delegado de polícia, o presidente Mário Gobbi detonou o Imperador. Foi decisão rápida.

E o fez pela Libertadores. Eu explico. Mandando embora o funcionário que não trabalha direito, ele deu moral aos que trabalham, neste caso aos jogadores que estão mais do que acostumados às mancadas de Adriano. Pior, eles, por companheirismo viviam dando desculpas e apoiando o mau profissional.

E mais uma coisa. Gobbi deu moral e força ao treinador perante o grupo. De uma vez só, com uma só canetada, resolveu a questão do desgaste pra lá de louco da vinda de Adriano ao Timão. Que não emagreceu, não treinou o necessário, não se tratou convenientemente e ainda por cima, por se achar um Imperador de verdade, desrespeitou toda uma comissão técnica.

Deu no que deu.Hoje à noite haverá uma resposta dentro de campo. Se o Corinthians vencer, ou empatar e jogar bem, a vitória será de Mário Gobbi.


A Moral do Tite
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Luiz Ceará

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Adriano, a felicidade não é desse mundo.
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Luiz Ceará

Nós vivemos num mundo de provas e expiações. Mundo difícil em que muitos tem pouco e poucos têm tudo.

Quando um desses seres humanos que quase nada possui começa a ter, é imperioso que ele alcance junto o ser. E brigue muito para ser, mais importante que ter.

Sei que a teoria da felicidade total é essa, mas alcançá-la é que são elas. Digo isso porque pensei o dia todo em escrever alguma coisa a respeito de Adriano que não fosse acusá-lo de beberão e baladeiro. E acreditar que somente isso esteja fazendo com que sua vida seja o que é.

Nem a fortuna que ele alcançou tão cedo por causa de seu talento, nem o poder de ser o Imperador e por isso não querer se submeter a uma simples balança, nem a sua juventude perdida porque foi cedo para a Europa fazer fortuna, tudo isso não lhe trouxe e nem traz felicidade.

Adriano é um ser humano infeliz. Não sabe disso, porque vive um mundo de fantasia. Anda sempre mal acompanhado acreditando que está com amigos. Confunde amigos com aproveitadores. O dinheiro e o poder que ele tem mais sua ingenuidade acabam por jogá-lo sempre ao chão. Não vê, mas está lá. Ou o enorme fracasso à frente de um clube do tamanho do Corinthians e diante de uma nação de fanáticos torcedores não lhe trará más lembranças?

Acredita hoje, como tinha a certeza quando estava na Europa, que indo para outra equipe, como veio para o Corinthians, tudo vai mudar.

Não vai. Em qualquer outro clube ele vai levar sua sina de perdedor da vida.

Adriano, e agora vou me repetir, precisa de tratamento porque é alcoólatra. Tem que ter consciência disso, se tratar e voltar para a vida e para a bola. Limpo.

E saber que a felicidade não é deste mundo, mas ela vem do que ele plantar aqui para colher depois. Pense nisso, porque há tempo.

Tags : adriano


Marin, uma gestão de continuidade. Pode?
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Luiz Ceará

“Assumo a presidência de acordo com o estatuto da entidade e cumprirei o mandato até o final para fazer uma gestão de continuidade ao que vinha sendo feito”, palavra de Marin.

Quando eu falei sobre apreensão esta tarde, mais uma vez fui mal interpretado por amigos do Blog. Tudo bem que é difícil pra eu ser claro, até porque não sou bom mesmo escrevendo.

Mas não fico me escondendo atrás de pseudônimos e nem atacando sem ler direito e fazer o possível para entender textos confusos como o meu.

Dito isto amigo do Blog, leia com atenção o que o novo presidente da CBF falou, porque a frase aí de cima é clara e demonstra a intenção de Marin. Ele vai fazer uma gestão de continuidade.

Essa é a senha para dirigentes e políticos que sempre mamaram nas tetas de Ricardo Teixeira. Nada vai mudar na CBF.Eu disse isso num vídeo a semana passada e vou repetir. Não há motivo para alegria porque o buraco é fundo. Agora ele vai ser tapado a todo vapor. É claro que vai sobrar pra muita gente, que na verdade são os laranjas. Eles vão assumir muita coisa que RT fez. Podem conferir. Isso na CBF.

No COL, o Comitê Organizador Local da Copa, o negócio vai ser diferente. Se o Ministro do Esporte é quem eu penso que é e acredito porque o conheço de outros carnavais, Marin vai apenas dizer sim senhor. O Governo fritou Teixeira em banho Maria e mandou aviso a Marin. Preside o COL, mas não apita.

Vamos ver se alguma coisa começa a dar certo neste país.

Tags : CBF


O dia não é de festa, é de tristeza primeiro, depois apreensão
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Luiz Ceará

Eu explico. De tristeza, porque sai Ricardo Teixeira, que fez o que fez, e entra José Maria Marin, um ricardista, ou seja, pode ser manipulado à frente da CBF.

De apreensão, porque RT também não é mais o homem do COL, Comitê Organizador Local da Copa do Mundo. Marin vai ter que rezar na cartilha do Governo Dilma, que foi quem, na verdade, derrubou RT.

Por quê? Porque ela não o queria mais como interlocutor de nada. Isso, mais a capivara (no jargão policial é a folha corrida do meliante) de RT na justiça do Brasil e fora dele, foi o material de pressão que levou RT a desistir da mamata de anos.

Vamos ver nas próximas horas.


Resposta a todos que comentaram o ” Negras”…
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Luiz Ceará

É mesmo difícil definir o que escrever e como escrever. O título do Blog foi a frase que as cubanas Dayme e Herrera ouviram, dita na cara delas.

Tudo bem que foi raiva de torcedor, no calor do jogo. Mas de uma raiva descabida e sem sentido nenhum, quanto mais num momento em que a pessoa que disse o que disse,estava tentando, penso eu, se divertir.

Ontem eu me preparava para entrar no ar na Metropolitana, antes do jogo entre a Ponte Preta e o Paulista de Jundiaí. Abri o Blog e deixei para o pessoal do esporte ver, sem avisar o que era.

O título fez com que todos, todos parassem para ler do que se tratava.

É evidente que eu queria que as pessoas lessem, mas não por sensacionalismo, para que acompanhassem até o final, para eu poder concluir meu pensamento sobre o caso.

Entendo a revolta de quem gostaria que o título fosse escrito de forma diferente, com aspas, corretamente. Mas eu explico que foi sem aspas que Dayme e Herrera ouviram o “negras de merda, voltem para Cuba.” Ninguém disse para a pessoa “você vai xingar, então abre aspas”.

É hipocrisia fazer crítica literária quando se fala de um assunto que atinge nosso estômago como uma bomba, que entristece, uma coisa que você não explica. Até este momento, seis da manhã quando escrevo este post, li 48 comentários. Li todos. A resposta é esta, pra todo mundo.

Eu não sei como agir, porque pra mim, que estou a 35 anos no esporte e ainda estou aprendendo, fica difícil explicar um ato tão covarde. Não é novo o que está acontecendo no vôlei, mas está se repetindo mais e mais.

Volto ao que disse ontem. Políticos e dirigentes não vão fazer nada. O ato vai passar batido. Penso que cabe aos próprios torcedores, quando presenciarem uma situação dessas entrarem com uma ação na hora, indicando à policia no estádio, o autor. É um começo.

Tags : Racismo


Negras de merda, voltem para Cuba.
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Luiz Ceará

Fiquei irritado com essa frase que eu li na folha esporte esta manhã. Sempre acordo bem e isso me ajudou a colocar o pensamento em ordem.

Então vamos lá. Quem disse isso foi um brasileiro. E falou a insana frase à beira de uma quadra de vôlei. Gritou a frase na orelha de duas jogadoras cubanas do Minas. O jogo era entre o Minas e o Rio Sul.

“Gente, estou muito triste e me sentindo muito mal”, finalizou Daymi, ao lado de Herrera, as duas cubanas do Minas.

Dia 29, Wallace, do Cruzeiro foi chamado de Macaco por uma torcedora do Minas.

Neste país tão generoso de uma gente amiga, num continente abençoado por Deus pela sua combinação de raças e cultos, cabe racismo? Pode um atleta de ponta no vôlei ser chamado de bicha? Isso pode num país que vai mostra sua Copa do Mundo a todo o planeta e depois, em seguida uma Olimpíada? E numa cidade tão linda e cultural como o Rio de Janeiro? Que vai mostrar o tamanho da força de São Paulo, uma das cidades mais fantásticas do mundo?

O Brasil que eu amo e que me deu um bisavô negro, uma bisavó italiana, um avô espanhol e outro mulato e uma avó alemã e outra espanhola, pode ser racista?

Isso cabe?

Não, porque eu não aceito essa gente, que sei, são poucos, mas também sei que são sementes de um mal que se não for arrancado agora, vai gerar frutos ruis. Se nada for feito pelo nosso povo que freqüenta quadras de vôlei, basquete, areias, campos de futebol e qualquer lugar onde seja mostrado um evento esportivo, isso var crescer e cresce. E quando formos ver, lá na frente seremos uma gente triste e raivosa. Não espero nada de políticos nem de dirigentes esportivos. São farinha do mesmo saco. Espero uma revolta pacífica de quem freqüenta o meio.

Nós não somos assim e não aceitamos racismo. Estarei sempre aqui, enquanto me deixarem, dizendo não.

Tags : Racismo